A direção central do CPERS segue na estrada em um esforço conjunto de mobilização da base e debate sobre os projetos de Eduardo Leite para os trabalhadores(as) da educação.
Nesta terça-feira (22), além da agenda em Rosário do Sul, a presidente Helenir Aguiar Schürer conduziu uma plenária com educadores(as) de oito escolas estaduais em Quaraí, no Centro Cultural Dyonélio Machado, palco de lutas históricas na cidade da região da campanha.
Os projetos incluem medidas como o congelamento dos salários de toda a categoria por anos a fio, o extermínio de direitos históricos como as vantagens temporais, ataques à organização sindical e taxação de aposentados(as) que recebem um centavo acima do salário mínimo, sem prever qualquer compensação.
“Em fevereiro, quando visitou o CPERS, Eduardo Leite disse que buscaria uma forma de valorizar a carreira e torná-la mais atrativa. Mas a proposta do governo é o avesso disso. Hoje a diferença salarial entre o nível médio e a pós-graduação é de 100%. Se o projeto passar, um doutorado receberá apenas 7% a mais do que o colega de nível médio. É a morte da carreira”, explica Helenir.
As plenárias, realizadas em todo o estado são fundamentais para preparar a categoria para a greve, a ser deflagrada 72 horas após o protocolo dos projetos na Assembleia Legislativa. O envio aos deputados é esperado para os próximos dias.
Ana Maria Fritz, professora de história nomeada pela Justiça em 2013 por intervenção do CPERS, aprovou a plenária e fez um chamado à luta.
“São esclarecimentos que vêm como uma luz no fim do túnel. No interior a gente se sente perdido com as notícias que vêm da TV. Com o decorrer dos anos os governos vêm massacrando a classe e é muito bom ter um Sindicato como o CPERS ao nosso lado. As pessoas se sentem acuadas e com medo, mas não tem que ter medo. Tem que meter a cara e ir em frente para garantir nossos direitos”, afirma a educadora.
Nesta quarta (23), Helenir esteve no Encontro dos Aposentados em Cachoeira do Sul e, no fim da tarde, participa de plenária em São Gabriel.
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