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Carta das aposentadas e aposentados da rede estadual de educação sobre o projeto desumano de Eduardo Leite
Nós, educadoras e educadores aposentados(as) da rede estadual do Rio Grande do Sul, repudiamos com veemência o mais recente ataque de Eduardo Leite aos professores(as), funcionários(as) de escola e a todos os gaúchos(as) que dependem da educação pública para aprender, sonhar e crescer.
É com perplexidade e indignação que tomamos conhecimento dos projetos do governador para destruir a carreira do magistério – conquistada a duras penas em nossas lutas históricas -, aprofundar o arrocho salarial, retirar direitos e confiscar o dinheiro dos aposentados(as) que ganham menos taxando a Previdência.
Em toda nossa trajetória, jamais vimos um governo atacar com tanta violência seus próprios servidores(as). Não é nada menos do que inacreditável a disposição de cobrar alíquotas previdenciárias de quem ganha pouco mais de um salário mínimo. Não trabalhamos e lutamos a vida inteira para chegar à aposentadoria empobrecidos e sem dignidade.
Este é um projeto de morte, nocivo e cruel. É nos ombros de quem recebe os menores salários que recairá a conta da má gestão, das desonerações fiscais bilionárias, da sonegação de grandes empresas e dos privilégios dos altos salários.
O governador quer sacrificar as nossas vidas em nome de um ajuste fiscal que não produziu qualquer resultado positivo em cinco anos de arrocho. Pelo contrário, Sartori legou aos gaúchos(as) o maior rombo dos últimos 16 anos nas contas públicas. Quem, como Leite, está a serviço deste projeto, não está a serviço do Rio Grande do Sul.
Somos dezenas de milhares que construímos o passado e o presente, educando gerações. Nossas lutas históricas fizeram do CPERS um dos maiores e mais combativos Sindicatos do Brasil. Enfrentamos o chumbo da ditadura e a insensibilidade de outros governantes.
Estaremos em todos os espaços, nas ruas, nas praças e nos piquetes em escolas, de mãos dadas com os colegas da ativa para barrar essa proposta nefasta e inaceitável. A greve da categoria tem nosso apoio total e irrestrito. Eduardo Leite passará, nossos direitos ficarão. Avante educadores, de pé!
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