Funcionárias(os) de escola e aposentadas(os), dois segmentos tão importantes da categoria, foram prejudicados na matemática imoral do Projeto de Lei nº 467/2021 (Reajuste do Piso do Magistério), enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para a Assembleia Legislativa na última quarta-feira (8).
A situação destes educadores é de emergência. Os funcionários(as) de escola têm salário base de R$ 620,00 e representam 90% das piores remunerações do estado. Já os aposentados(as), vêm sendo saqueados(as) pelo governo Leite desde a última reforma, com um confisco de R$ 340 milhões ao ano nos salários, que já foram corroídos em 52,6% pela inflação.
Caso a proposta não tenha o texto alterado, 30.933 professores(as) aposentados(as) e 24.664 funcionários de escola não terão nenhum reajuste.
O CPERS está na luta para que a valorização salarial seja estendida para TODA a categoria.
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Confira a opinião de sete educadoras (funcionárias e aposentadas) sobre a proposta excludente de Eduardo Leite:
“É um absurdo, estamos há quase 8 anos sem reajuste e quando o governo apresenta uma proposta de reposição salarial, nos deixa de fora. Hoje em dia eu não consigo pagar todas as minhas contas. Todo meu salário fica no Banrisul, de tanto empréstimos que faço. Todos os meses faço um sorteio para ver qual conta vou pagar. Se continuar assim, não vamos ter como sobreviver.” Elisabete Barbosa da Silva, 22º núcleo (Gravataí).
“Os funcionários(as) nunca têm direito a nada, só a trabalhar. O governo Leite é o pior governo que tivemos, está nos deixando na miséria.” Solange Ribeiro, funcionária de escola, 38º núcleo (Porto Alegre).
“Anos e anos lutando e agora lutamos para não perder o que conquistamos com tanto esforço. E também para dar força para as nossas colegas da ativa. Temos que continuar a luta e exigir reposição salarial para todos.” Fani Rodrigues, professora aposentada, 23º núcleo (Santana do Livramento).
“Essa proposta de reajuste do governo Leite é um desrespeito com todos funcionários(as) e aposentados(as). Todos temos que receber reajuste, funcionários, aposentados, professores. Nossa categoria está empobrecida.” Rosemeire Gomes, professora aposentada, 23º núcleo (Santana do Livramento).
“Nós funcionários(as) temos direito ao reajuste. Sem o funcionário(a), a escola não funciona. Nós trabalhamos muito e somos nós que todos os dias estamos ali para o bom funcionamento da escola. Somente com muita luta vamos conseguir o nosso reajuste.” Neila Oliveira da Silva, funcionária de escola, 11º núcleo (Cruz Alta).
“Essa proposta de reajuste é completamente desumana, depois de anos de trabalho, é isso que recebemos. Além de voltarmos a pagar a previdência, não temos direito a reposição salarial.” Geneci Duarte, professora aposentada, 13º núcleo (Osório).
“Os funcionários(as) não podem ficar fora da reposição salarial. Sem funcionário a escola não anda. O funcionário é o esteio da escola. Merecemos o mesmo reajuste dos professores(as), nós também somos educadores(as)”, Maria de Oliveira, funcionária de escola aposentada, 33º núcleo (São Luiz Gonzaga).