Sem reajuste ou correção salarial desde dezembro de 2014, educadores(as) do Rio Grande do Sul amargam perdas inflacionárias que já corroem mais de 1/4 da renda. Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que mede a variação do custo de produtos e serviços – fixado em 3,43% para 2018, a inflação acumulada chega a 25,23% no último quadriênio.
O quadro de miserabilidade é resultado direto da política de arrocho e descaso do último governo. Além da defasagem, a categoria sofre com 37 meses de salários atrasados, três anos de 13º parcelado e quatro de congelamento das progressões de carreira.
A opção política de Sartori – fazer caixa penalizando o funcionalismo e a qualidade dos serviços públicos – levou servidores(as) a contraírem sucessivos endividamentos, já que muitos são obrigados a “comprar” a própria remuneração com juros no início de cada mês, esgotando suas opções de crédito.
Entre ativos e inativos, são mais de 190 mil professores(as) e funcionários(as) que deixam de movimentar os pequenos e grandes comércios de todo o estado, causando um impacto imensurável na economia gaúcha. Além dos efeitos diretos no poder aquisitivo, o empobrecimento causa sofrimento psíquico e adoecimento, levando a um aumento alarmante nos índices de suicídio entre educadores(as), realidade denunciada pelo CPERS no último ano.