Denúncia: EEEM Polisinos, de São Leopoldo, está sem professor de matemática e merendeiras


A EEEM Polisinos, em São Leopoldo, está há meses sem professor(a) de matemática e merendeiras para atender adequadamente os mais de mil estudantes, nos três turnos de funcionamento da escola.

O coordenador pedagógico da instituição, Orides de Souza, conta que a Polisinos está há dois meses sem professor(a) de matemática (20h) e sem duas merendeiras há um mês. “Então, tem incompetência da Seduc aí, né? É inconcebível levar todo esse tempo para contratar. Enquanto isso, os alunos ficam sem aula”, destaca.

A Seduc diz que já realizou processo seletivo, mas que muitos professores(as) inscritos para o contrato desistiram. “Essa justificativa não somos nós que temos que dar, eles que têm que se explicar para a comunidade, que não entendem o porquê da demora”, frisa o coordenador.

São três turmas noturnas que estão sem aula, prejudicando o ensino de cerca de 100 estudantes.

O turno da tarde é o que mais serve refeições na escola – são 17 turmas, com aproximadamente 500 alunos(as) atendidos neste período. Para sanar o problema da falta das merendeiras, uma funcionária de 40h trabalha nos turnos da manhã e tarde, e outra, de 20h, que antes atendia o turno da noite, passou para o turno da tarde.

“Antes das duas irem embora, deixam a comida do noturno pronta. Então, a vice-diretora do noturno e a supervisora ou eu esquentamos a refeição e servimos os alunos. Cada estudante lava seu prato e talher”, explica Souza.

Para o educador, as escolas estaduais estão cada vez mais desassistidas pelo governo de Eduardo Leite/ Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). “O atual governo tem tratado com descaso as escolas da rede estadual, principalmente em relação à estrutura das escolas e RH. A essa altura do ano letivo faltarem funcionários de escola no setor de alimentação e professor de matemática, é um absurdo.”

Pavilhão da escola pegou fogo no último domingo

Como se não bastassem todos os problemas de falta de RH, no último dia 19 de junho, um pavilhão da instituição, que servia de depósito, incendiou. Ainda está sendo realizada perícia para constatar o que desencadeou o fogo.

O CPERS esteve recentemente na escola e conferiu de perto os estragos causados pelo incêndio e a falta da RH na instituição.

Pesquisa do CPERS apontou falta de RH em diversas escolas da rede

Em pesquisa, realizada pelo CPERS, foi constatada a falta de mais de 500 educadores(as) e problemas estruturais graves nas escolas estaduais.

O estudo apontou que a carência mais expressiva de Recursos Humanos refere-se a funcionários(as): faltam 187 profissionais para atuar em áreas como merenda, manutenção, administrativo e limpeza. Já a falta de professores(as) chegou a 176.

Outro dado mostrou que especialistas também representam outra grande lacuna. São servidores(as) que atuam em áreas como supervisão, orientação escolar, administração e biblioteca. Faltam 146 nas escolas que preencheram o formulário.

O CPERS segue acompanhando e denunciando o descaso do governo Leite/Ranolfo (PSDB) com a educação pública gaúcha e com os professores(as) e funcionários(as) de escola. É urgente que a atual gestão providencie as reformas necessárias para garantir um ambiente de aprendizagem seguro e adequado a educadores(as) e estudantes.

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