Lançado no dia 4 de maio e encerrado na última sexta-feira (27), o Radar do CPERS para identificar a real situação das escolas na rede estadual recebeu 316 respostas.
No total, 204 instituições responderam ao questionário, o que representa aproximadamente 13% das escolas estaduais.
Os dados permitem vislumbrar um quadro caótico, acusando falta de recursos humanos, problemas estruturais graves e ameaças de fechamento.
O levantamento contabiliza, por exemplo, a falta de 509 educadores(as). A carência mais expressiva de recursos humanos refere-se a funcionários(as): faltam 187 profissionais para atuar em áreas como merenda, manutenção, administrativo e limpeza.
Já a falta de professores(as) em sala de aula chega, nas instituições participantes, a 176.
Os especialistas também representam outra grande lacuna. São professores(as) que atuam em áreas como supervisão, orientação escolar, administração e biblioteca. Faltam 146 nas escolas que preencheram o formulário.
Dentre as respostas, 109 indicaram problemas estruturais como eletricidade, acessibilidade, cobertura da quadra de esportes, obras inacabadas, atraso na liberação de verbas para terminar reparos, muro caindo, entre outros.
Para o CPERS, o sucateamento das escolas estaduais – comprovado pelas Caravanas do Sindicato – aliado a política de enxugamento de matrículas e escolas, evidencia a intenção do governo: precarizar para abrir mercado ao ensino privado, priorizando interesses do empresariado, e não da comunidade.
Levantamento total das respostas:
▶️ 316 respostas
▶️ 206 escolas
▶️ 106 municípios
▶️ Falta de 176 professores(as)
▶️ Falta de 146 especialistas
▶️ Falta de 187 funcionários(as) de escola
▶️ 109 escolas apontam problemas estruturais
▶️ Principais problemas relatados: elétricos, acessibilidade, cobertura da quadra de esportes, sobrecarga de trabalho, obras inacabadas, atraso na liberação de verbas para terminar reparos, ameaça de fechamento, muro caindo, entre outros.