Reunido na tarde desta segunda-feira (2), o Comando de Greve debateu os últimos preparativos para o ato estadual desta terça, em Pelotas, avaliou o início da terceira semana do movimento e definiu os próximos passos da luta da educação.
Confira o calendário de lutas aprovado, incluindo agendas propostas pela Frente de Servidores Públicos (FSP/RS):
03/12 – Ato estadual da greve da educação em Pelotas, 13h30 em frente ao Mercado Público
04/12 – Dia de doação coletiva de sangue no Hemocentro de Porto Alegre (9h) e nos demais centro do estado
05/12 – Dia do #RetiraEduardoLeite. Atividades concomitantes em todo o estado com panfletagens, buzinaços e trancaços em vias de grande circulação em defesa da escola pública, contra o atraso de salários e a retirada de direitos da categoria
10/12 – Assembleia Unificada dos Servidores pela manhã. Horário e local a definir
Outros encaminhamentos: Criação de identidade visual de apoio à greve da educação, com foco na apropriação por parte da sociedade. Reforço da importância da adesão e continuidade dos contratados(as) na greve, assegurando o direito de adesão de todo trabalhador(a) e a garantia de continuidade na rede.
É unânime a percepção de que a greve, deflagrada no dia 18 de novembro, demonstra força e resiliência, com adesão maciça e enraizamento do apoio social em todo o estado.
Apesar da pressão das CREs sobre direções escolares e a ameaça de corte de ponto por parte do governador, a quantidade de escolas envolvidas manteve-se estável na largada da semana.
Até o fim da tarde, foram contabilizadas 1.551 instituições em greve total (767) ou parcial (784). Da saúde à fiscalização agropecuária, diversas categorias também engrossaram a greve desde o dia 26.
Após o ato que marcou época na Praça da Matriz, centenas de municípios saíram às ruas para defender a educação em passeatas luminosas na noite de quinta. Muitos pela primeira vez na história.
Moções de apoio aprovadas em 290 Câmaras Municipais até esta quarta e a manifestação inédita da Famurs reforçam a avaliação.
Na base governista na Assembleia Legislativa, os projetos de Leite começaram a ruir. Na última semana, o MDB anunciou posição contrária à votação das alterações na carreira do Magistério.
Hoje, em reunião com a direção do CPERS, o deputado Zucco (PSL) deixou claro seu posicionamento contrário ao projeto, confirmando o racha no PSL. Dois dos três deputados do PSB também já anunciaram que não aprovam o projeto da forma como foi apresentado. O PTB e diversas outras siglas pedem revisão ou mais tempo para análise.