Sartori investe recursos no Saers, seguindo modelo fracassado do governo Yeda


Segundo informações divulgadas na imprensa, o governo Sartori (PMDB) realizou, na manhã desta terça-feira, dia 27, uma licitação para contratar a empresa que será responsável por aplicar as provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (Saers), criado pelo governo Yeda Crusius em 2007. Até agora, uma empresa de Cachoeira do Sul, apresentou o valor mais baixo, de R$ 3,2 milhões. O processo ainda não foi encerrado. As demais concorrentes ainda podem recorrer do resultado.
A empresa vencedora da licitação assinará um contrato de dez meses para aplicação das provas em todas as escolas estaduais, e nas escolas municipais e privadas que aderirem ao Saers. No site da Central de Licitações não há informações sobre o valor estimado do contrato. A Secretaria da Educação não repassa detalhes, mas o secretário de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas,  confirmou a imprensa que o dinheiro virá de um financiamento junto ao Banco Mundial.
O CPERS é contra esta medida, pois considera um gasto desnecessário em um programa que já demonstrou ser ineficaz para a qualidade da educação pública, pois os índices do IDEB de 2005 são superiores aos do governo Ieda Crusius em 2010.
Os problemas da Escola Pública, além da falta de condições das instituições, da falta de equipamentos e dos baixos salários dos educadores, que são obrigados à trabalhar em até três escolas para conseguir condições mínimas de sobrevivência, também se devem às dificuldades sociais e econômicas enfrentadas pela maioria das famílias, que deste modo foram excluídas do acesso aos bens educacionais e culturais. O Estado precisa desenvolver políticas públicas de assistência social e de saúde pública, afim de dar condições a estas famílias de acompanharem o desenvolvimento educacional de seus filhos.
“O que mais nos indigna é o governo não pagar o salário dos educadores em dia e na sua integralidade e investe recursos importantes em um programa que já demonstrou seu fracasso no passado. Não é através de prova ou pesquisa que vão melhorar a educação pública. O governo precisa ir às escolas, ouvir os educadores sobre os seus desafios diários para oferecer um ensino de qualidade”, afirma a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

 

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