Revisão Geral Já: em Ato Unificado, Frente dos Servidores, CUT e CTB protocolam emenda para garantir recomposição salarial em 2025


Salário digno e respeito! Foi com estes objetivos que as entidades que compõem a Frente dos(as) Servidores(as) Públicos(as) do Rio Grande do Sul (FSP/RS), incluindo o CPERS, realizaram um Ato Estadual Unificado, na manhã desta sexta-feira (11), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.

Centenas de servidoras(es) denunciaram a precarização dos serviços públicos no Rio Grande do Sul e intensificaram a pressão pela revisão geral dos salários. Desde 2014, o funcionalismo público estadual acumula perdas de mais de 60%, enquanto o reajuste neste período foi de míseros 6%. O resultado? Crescente endividamento e o poder de compra cada vez mais corroído. 

Durante a mobilização, representantes das centrais e sindicatos protocolaram na Assembleia Legislativa uma emenda ao PL 287/2024, que define a Lei Orçamentária para 2025.

No documento, as entidades exigem 10,14% de recomposição salarial para servidoras(es) ativas(os), inativas(os), com e sem paridade, e pensionistas, com e sem paridade, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, autarquias e fundações públicas estaduais. A proposta visa compensar parte das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos.

>> Clique aqui para conferir a íntegra da emenda protocolada

A justificativa destaca que o reajuste, embora não cubra a totalidade das perdas salariais históricas, está dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e não ultrapassa os 49% da Receita Corrente Líquida do Estado. Dados apresentados reforçam o cenário positivo nas finanças estaduais em 2024, com aumento na arrecadação de ICMS e alívio financeiro proporcionado pela suspensão da dívida do Estado, em razão das recentes enchentes.

“O crescimento do estado do Rio Grande do Sul está acima da média nacional, o que prova que o reajuste de 10,14% que estamos reivindicando é totalmente viável. O que falta é vontade política. E quando essa vontade não existe, a pressão faz a diferença”, asseverou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. 

A dirigente ainda destacou a urgência da recomposição salarial para que todas(os) as(os) servidoras(es) sejam atingidas(os): “Nós precisamos de valorização. Nós precisamos de uma Revisão Geral de Salários, porque somente a Revisão é que vai atingir a todos. Por isso, o Ato de hoje aponta a importância da nossa unidade”.

>> Confira os materiais da campanha do CPERS por Revisão Geral Já

Os autores da emenda – FSP, CUT e CTB -, defendem que a medida é viável e essencial para reduzir a defasagem salarial das(os) servidoras(es) estaduais, sem comprometer o equilíbrio fiscal do Rio Grande do Sul. Agora, a pressão será voltada aos deputados e deputadas estaduais para que votem a favor das categorias. Dinheiro tem, basta vontade política! 

“Se algum deputado votar contra a nossa proposta, não é porque falta dinheiro, é porque falta vontade política daquele parlamentar em não valorizar o serviço público do nosso Estado”, destacou a presidente Helenir. 

Educação também foi à rua contra as PPPs e em defesa da Gestão Democrática 

Professoras(es) e funcionárias(os) de escola, da ativa e aposentadas(os), também estavam mobilizadas(os) em defesa da Gestão Democrática e contra as Parcerias Público-Privadas (PPPs) nas escolas estaduais.

O governador Eduardo Leite (PSDB) e a secretária da Educação, Raquel Teixeira, querem entregar a gestão de 99 instituições estaduais de ensino, por 25 longos anos, para a iniciativa privada. Um projeto que ameaça o alicerce da educação pública no Rio Grande do Sul. 

>> Confira, aqui, os materiais da campanha do CPERS contra as PPPs

Sob o disfarce da “modernização”, essa proposta coloca em risco empregos e o bem-estar de crianças e jovens. Para o CPERS, a educação é um direito, e não pode ser tratada como mercadoria. Por isso, dizemos não à privatização das escolas estaduais! 

A Gestão Democrática e o processo seletivo para diretoras(es) e vice-diretoras(es) das escolas estaduais também pautou a atividade desta sexta (11). O Sindicato segue mobilizado para garantir uma seleção justa e igualitária na escolha das(os) representantes das comunidades escolares. 

Além destes temas, o Ato ainda abordou a situação de milhares de funcionárias(os) de escola que ficaram de fora do reenquadramento das carreiras e as(os) mais de 26 mil professoras(es) aposentadas(os) que continuam na luta contra a Reforma da Previdência. 

>>  Confira o recado da presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ao fim da atividade: 

>> Clique, abaixo, para conferir o álbum com mais imagens da mobilização: 

Notícias relacionadas