Reunidos no Colégio Milton Benemann, em Feliz, professores(as) e funcionários(as) de mais de dez escolas da região, ouviram atentamente, nesta terça-feira (29), as explicações sobre como o pacote do governo Eduardo Leite atingirá toda a categoria.
As propostas que integram o projeto do Executivo visam alterações significativas no Plano de Carreira, no Estatuto dos Servidores (Lei 10.098) e na Previdência. Se aprovadas, atingirão a todos os trabalhadores(as) da educação e jogarão por terra direitos duramente conquistados.
Estão previstas medidas como o congelamento dos salários de toda a categoria por tempo indeterminado, o fim de direitos históricos como triênios, quinquênios e avanços e taxação de aposentados(as) que recebem um centavo acima do salário mínimo. Eles passarão a contribuir com alíquotas que podem chegar a 16,32% do salário.
A secretária-geral do CPERS, Candida Rossetto, sintetizou as ações previstas no projeto como o pacote da morte. “É devastador. Ninguém escapará! Este projeto retira todas as gratificações e vantagens e incorpora no básico. Ou seja, seremos nós que pagaremos nosso próprio Piso e não o governo. Se não reagirmos, quem vai pagar a conta da crise seremos nós”, destacou.
“Precisamos estar atentos e mobilizados, pois conforme foi decidido na Assembleia Geral, 72 horas após o governo protocolar os projetos na Assembleia Legislativa, entraremos em greve. Faremos um movimento forte e não recuaremos até que os nossos direitos sejam respeitados”, afirmou o diretor do 14º Núcleo, Luiz Hnerique Becker.
Após o debate foram encaminhadas propostas para o enfrentamento do projeto, entre elas: realizar pressão nas Câmaras de Vereadores e entregar moção de repúdio aos vereadores, ampliar o movimento de debate nas escolas e participar da audiência pública sobre o pacote do governo, que ocorre nesta sexta-feira (1º), na Assembleia Legislativa.
Clique aqui para baixar o modelo de moção elaborado pelo CPERS.
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