Luta incansável: CPERS e FSP percorrem o estado em defesa do IPE Saúde e salário digno


O CPERS e a Frente dos Servidores Públicos (FSP) estão em uma incansável jornada por todo o estado, levantando a voz contra o ataque cruel de Eduardo Leite (PSDB) aos trabalhadores(as) gaúchos(as) com o projeto de reforma do IPE Saúde.

Nesta sexta-feira (19), que marca o encerramento da primeira semana de plenárias em defesa do Instituto e por salário justo, a diretora do Sindicato, Sandra Régio, acompanhada da diretora do 28º Núcleo, Magale da Rocha, expôs os efeitos devastadores da proposta do governo, em sessão que movimentou o Salão da Prefeitura de Soledade. 

Ela também alertou a sociedade sobre os prejuízos do projeto de reestruturação do Instituto em escolas e rádios locais.

A reforma de Leite propõe um aumento significativo nos descontos mensais dos beneficiários do IPE Saúde, o que terá um impacto direto no orçamento das famílias que mais necessitam desse serviço – aqueles que estão lutando para sobreviver.

“Nós, do CPERS, e a Frente dos Servidores Públicos temos uma posição inabalável: não aceitaremos de forma alguma aumento nas alíquotas. É absolutamente inaceitável que os trabalhadores, que tem os salários mais baixos, sejam os mais prejudicados. Este é apenas o início da nossa batalha. O IPE Saúde é nosso, um legado valioso do estado do Rio Grande do Sul”, enfatizou Sandra.

O congelamento salarial é um fator determinante para o déficit atual da autarquia. É urgente que o governo abra uma mesa de diálogo com os servidores(as) para debater o índice de revisão geral da inflação nos salários.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), muitas categorias, incluindo a educação, sofrem com perdas salariais de 57,33%.

“Este projeto é inaceitável! É inconcebível Eduardo Leite penalizar os que têm menos renda. Se o governador tivesse concedido aumento linear de 33% para todos os professores e funcionários de escola, da ativa e aposentados, o IPE Saúde não teria mergulhado nessa terrível crise”, asseverou Marcelo Fagundes, advogado da assessoria jurídica do CPERS, representada pelo escritório Buchabqui e Pinheiro Machado.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Eduardo Leite (PSDB) excluiu 25 mil funcionários(as) de escola do reajuste, cujo salário base é de R$ 657,97 e precisam de um completivo para chegar ao valor do salário mínimo regional.

O governador ainda deixou uma grande parcela dos educadores(as) aposentados(as), bem como muitos outros servidores(as) públicos, sem sequer um centavo de aumento.

Mais preocupante ainda, é que cerca de um milhão de gaúchos(as), o equivalente a 10% da população, que dependem da assistência médica e hospitalar do Instituto, podem ficar desamparados devido à impossibilidade de arcar com os novos custos. A dificuldade em lidar com os impactos financeiros resultantes do aumento nas contribuições ao IPE Saúde pode levar muitos trabalhadores(as) a migrarem em massa para o SUS, sobrecarregando ainda mais este sistema de saúde público.

Segundo a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Cage), o governo deve impressionantes R$ 356,6 milhões em precatórios e RPV retidos pelo IPE Saúde. É visível que a crise atual foi criada intencionalmente pelas últimas administrações.

A proposta de reforma de Eduardo Leite (PSDB) revela sua verdadeira intenção: abrir caminho para a privatização gradual do IPE Saúde, prejudicando a qualidade e o acesso aos serviços do Instituto para os educadores(as) e demais servidores(as).

Chegou a hora de agir e unir forças! Todos(as) devem se mobilizar, fazer suas vozes serem ouvidas nos debates e pressionar o poder público por soluções urgentes, que garantam um IPE Saúde acessível e de qualidade. Não podemos permitir que os trabalhadores(as) sejam penalizados por mais esse projeto nefasto do governo de Eduardo Leite (PSDB).

Na quarta-feira (24), às 19h, na Câmara Municipal de Vereadores(as) de Pelotas, representantes do CPERS e da FSP estarão em uma audiência pública para debater com a sociedade a preservação de um IPE Saúde público, acessível e de qualidade, e salários dignos para todos(as).

Além de Soledade, cuja plenária também contou com a participação de Maria Lúcia da Silva Rosa, facilitadora do IPE Saúde na prefeitura da cidade, os debates percorreram as cidades de Bagé, Cruz Alta, São Gabriel e Ijuí, nesta semana. Em breve, divulgaremos mais datas das plenárias por todo o estado. Entre em contato com seu núcleo e mobilize-se!

▶️ Confira o vídeo da presidente Helenir Aguiar Schürer sobre o balanço da primeira semana de luta em defesa do IPE Saúde! 

▶️ Leia também:

>> Mobilização pela revisão geral e defesa do IPE Saúde são alguns dos pontos aprovados no Conselho Geral do CPERS

>> Plenárias em defesa do IPE Saúde e pela revisão geral iniciam em Ijuí e São Gabriel

>> Plenárias em defesa do IPE Saúde chegam à Bagé e Cruz Alta

     

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