O CPERS e a Frente dos Servidores Públicos (FSP) seguem percorrendo todo o estado para denunciar o ataque cruel de Eduardo Leite (PSDB) aos trabalhadores(as) gaúchos(as) com a reforma do IPE Saúde.
Nesta quinta (18), a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, juntamente com Érico Corrêa, presidente do Sindicaixa, explanaram sobre os efeitos catastróficos do projeto do governo, em plenária, na sede do 17⁰ Núcleo, em Bagé.
A reforma propõe aumentar significativamente os descontos mensais dos beneficiários(as) do IPE Saúde, o que afeta diretamente no orçamento familiar de quem mais precisa desse serviço e está na miséria.
Para a presidente Helenir, o congelamento salarial contribui diretamente para o déficit atual do Instituto. É urgente que o governo discuta salário digno.
“A solução para o IPE Saúde passa pela revisão geral dos salários dos servidores. O governo ignora a existência dos nossos funcionários de escola, que precisam de um completivo para receber o salário mínimo regional, e de uma grande parcela dos nossos aposentados. É inadmissível que ambos não tenham recebido o reajuste, bem como boa parte do funcionalismo público”, asseverou Helenir.
“Nós estamos em um momento muito sensível de nossas vidas. O IPE Saúde só está nesta situação, porque estamos há oito anos sem reajuste salarial. Se tivéssemos reajuste, o Instituto não estaria em crise. Nossas perdas salariais chegam a mais de 60%, devido à inflação, o que aumenta a angústia dos trabalhadores”, completou Érico Corrêa, presidente do Sindicaixa.
De acordo com a diretora do CPERS, Carla Cassais, é preciso levar o debate em defesa do IPE Saúde e por salário digno para todas as instâncias. “É fundamental furar a bolha e sensibilizar a sociedade como um todo. Precisamos conversar com os nossos colegas, amigos e familiares, promover audiências nas câmaras de vereadores, fazer pressão política, mobilizar as ruas e as redes sociais, que também são um grande instrumento de luta atualmente”, enfatizou.
Representantes da Ugeirm e dos sindicatos de professores(as) e funcionários(as) de escola municipários(as) também participaram do debate em Bagé.
Denúncia sobre projeto do IPE Saúde passa por rádios e escolas de Cruz Alta
Ainda nesta quinta (17) os diretores(as) do CPERS, Sandra Régio e Leonardo Preto Echevarria, visitaram escolas e rádios de Cruz Alta (11° Núcleo), acompanhados pela representante estadual dos aposentados(as), Jane Caetano.
A tarde, reunidos no IEE Professor Annes Dias, educadores(as) e demais representantes do funcionalismo público, como Sindicaixa e Ugeirm, debateram a importância de fortalecer a luta pela manutenção do IPE Saúde acessível e de qualidade.
“Se nos últimos oito anos tivéssemos recebido os nossos reajustes salariais pela inflação, a crise do IPE Saúde não estaria como está agora. Não vamos aceitar nem um aumento de alíquota. É importante que todos aqui repassem as informações e a necessidade da luta pelo IPE Saúde”, observou a diretora Sandra.
“É tarefa de cada um de nós cobrar dos deputados que não apoiem esse projeto absurdo, que quer nos penalizar ainda mais. O governo precisa pagar o que deve, que são mais de R$ 356 milhões. Nossa mobilização está sendo fortalecida a cada plenária. Vamos derrotar mais esse ataque brutal do governo”, afirmou o diretor Preto.
O advogado Marcelo Fagundes, da assessoria jurídica do CPERS, comentou a nova proposta apresentada pelo Executivo estadual no início dessa semana. “Ele baixou os valores dos dependentes e criou uma trava para limitar as contribuições, mas segue ruim. Nós vamos exigir que os dependentes continuem como estão, sem serem taxados.”
Cerca de um milhão de gaúchos (10% da população), que dependem da assistência médica e hospitalar do Instituto, podem acabar desamparados devido à impossibilidade de arcar com os novos custos.
Para piorar, a proposta de reforma pode abrir caminho para a privatização gradual do IPE Saúde, comprometendo a qualidade e a acessibilidade dos serviços para os servidores(as).
Além disso, devido à dificuldade de lidar com os impactos financeiros causados pelo aumento na contribuição ao IPE Saúde, muitos servidores(as) podem migrar em massa para o SUS, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde público.
É hora de agir, de unir forças! Os trabalhadores devem se mobilizar, levantar suas vozes nos debates e pressionar por soluções que garantam um IPE Saúde acessível e de qualidade. Não podemos permitir que os educadores(as) e demais servidores(as) sejam prejudicados por mais esse projeto nefasto do governo Eduardo Leite (PSDB).
Nesta sexta (18), o Sindicato e a FSP realizam mais uma plenária em Soledade, a partir das 17h30, no Auditório José Ivo Stein, da Prefeitura do município (Av. Julio de Castilhos, 898). Em breve, divulgaremos mais datas, contate seu núcleo e saiba como participar!