O II Encontro Estadual da Juventude do CPERS iniciou na manhã deste sábado (08), em um clima de descontração e integração com a Oficina de agitação e percussão, ministradas pelos representantes do Levante Popular da Juventude e estudantes da UFRGS, Tomaz Brunet e Vitor Martinez. O evento ocorreu no 9º andar da sede do Sindicato, em Porto Alegre.
“O objetivo deste encontro é trocar e compartilhar, se enxergar como Sindicato. E, desta forma, definir e organizar a luta da juventude, frente à conjuntura estadual e nacional, que ataca constantemente a nós, educadores, e todos os trabalhadores e trabalhadoras”, definiu a diretora do Departamento da Juventude do CPERS, Ananda de Carvalho, na abertura do Encontro.
A vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho, deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou que a juventude recarrega as energias e que é uma importante parcela da categoria para a luta, a renovação e o fôlego do sindicato. “Sejam bem-vindos à carreira, não à luta, porque sei que muitos já são filhos de movimentos sociais e grêmios estudantis. Para nós, da direção central, esse encontro é fundamental. Sabemos que vocês, jovens, têm muito para nos ensinar, para nos passar. E nós, juntos, conseguimos fortalecer o Sindicato e a luta”, afirmou.
“Após o golpe vivemos um período de resistência”
No debate sobre a “Conjuntura Nacional e o papel da juventude” a secretária de juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Edjane Rodrigues, destacou as reformas da Previdência e Trabalhista como os principais ataques aos direitos dos trabalhadores nas últimas duas décadas. “Por trás da reforma trabalhista eles querem retirar o 13º salário, férias, seguro desemprego, retirar todos os direitos dos trabalhadores. Estamos vivendo a repressão moderna. A reforma da Previdência acaba com a aposentadoria, vamos trabalhar até morrer”, frisou.
Edjane defende que não é a juventude que tem que vir até o Sindicato e sim o Sindicato que deve chegar até a juventude. “Precisamos ouvir o que os jovens precisam nos dizer, o que eles querem nos ensinar”, ressaltou.
“Após o golpe, vivemos um período de resistência. Não tem reforma nenhuma, o que acontece é o desmonte da Previdência. Na prática ninguém mais vai se aposentar”, destaca o secretário da juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Igor Pereira.
Igor também enfatiza que mobilizações e ações de pressão aos deputados devem continuar, pois estão dando resultados. “Funcionou a pressão que fizemos nos municípios, em cima dos deputados gaúchos, mais da metade dos deputados gaúchos votaram contra a terceirizações. Temos que deixar claro pra eles que não vamos esquecer aqueles que votaram contra o povo, contra os trabalhadores. Precisamos continuar com essas ações”, conclui.