Nesses 27 anos de história, o Grito dos Excluídos e das Excluídas mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria, chamando o povo para participar, ativamente, na defesa de seus direitos, nas ruas e praças, nos centros e nas periferias de todo o Brasil.
A unidade na luta contra o massacre dos governos Leite e Bolsonaro se faz necessária. Em Porto Alegre, no Parque da Redenção (Espelho D’água), a mobilização inicia às 11h com ato ecumênico e, às 13h30, haverá concentração para a marcha.
Precisamos ecoar nossos gritos de denúncia e de anúncio de um projeto de país mais justo e igualitário, unificando a luta em defesa da vida, da democracia, da educação e dos serviços públicos.
Estamos vivendo um momento de crise – social, ambiental, sanitária, humanitária, educacional, política e econômica – causada pela ação nefasta de governos genocidas, negacionistas e destruidores do serviço público e dos direitos da classe trabalhadora.
Na esfera estadual, não é diferente. Há sete anos, professores(as) e funcionários(as) de escola do Rio Grande do Sul amargam as consequências do salário congelado, além da perda de direitos, redução de adicionais, descontos, atrasos e parcelamentos. Em campanha salarial, o Sindicato tem elevado o tom a respeito da pauta em defesa da categoria.
Os tempos duros do alinhamento da política neoliberal de Leite e Bolsonaro colocam os educadores(as), servidores(as) e toda a população em vigília permanente.
Atos e manifestações conjuntas do 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas ocorrerão em todo o Brasil, de forma presencial, onde for possível, e de forma virtual pelas redes sociais. Contate o núcleo do CPERS e participe das atividades em sua região.
O que nos motiva a gritar em 2021?
- As quase 580 mil mortes pela Covid-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas;
- A corrupção na negociação de compra e distribuição das vacinas contra a Covid-19 (CPI);
- O desmonte da saúde pública (SUS);
- O reajuste ZERO para o piso do magistério pela primeira vez na história do Fundeb;
- A medida provisória, editada por Bolsonaro, para deixar de fornecer internet gratuita às escolas públicas. A MP retirou o prazo que o governo tinha para repassar R$ 3,5 bilhões para escolas de ensino básico.
- A PEC 32, do governo Bolsonaro, que ataca os servidores(as) e os serviços públicos, e escancara as portas para o apadrinhamento e a corrupção;
- O descaso do Governo Leite com a educação pública. No Rio Grande do Sul, professores(as) e funcionários(as) de escola estão há SETE anos sem reposição salarial com quase metade do poder de compra perdido para a inflação.
- A carestia e a fome que voltaram com tudo e assolam as camadas empobrecidas da população;
- O desemprego;
- O desvio do dinheiro público, através do orçamento federal, para o pagamento de juros da dívida pública, ao invés de investir em políticas sociais;
- A falta de moradia, que se agrava com os despejos criminosos;
- A não demarcação das terras indígenas e o grito profético dos povos indígenas dizendo “Não ao Marco temporal”;
- A denúncia contra o tratamento dado aos povos em situação de rua, sejam de qualquer origem, migrantes e refugiados ou deslocados internos, que lutam e resistem por dignidade e cidadania universal no Brasil;
- A cultura do ódio disseminada pelo governo federal e seus aliados que ataca e retira os direitos humanos de mulheres, LGBTQUIA+, negros/as, dos povos originários – Indígenas e Quilombolas, das pessoas portadoras de deficiência, dos(as) trabalhadores(as), dos setores excluídos da sociedade.
Não podemos ficar indiferentes a essa realidade que atenta contra a vida do nosso povo, porque acreditamos que é possível e necessária a construção de um outro modelo de sociedade.
Vamos à luta, por um país verdadeiramente independente!
Sem genocídio da população pobre, negra e indígena, com justiça social e oportunidades para que o nosso povo volte a sonhar e ter orgulho de ser brasileiro.
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