Grito dos Excluídos: voz aos que tiveram o direito à vida negado por Bolsonaro


Diante das mais de 578 mil vítimas de covid-19 que tiveram o direito à vida negado e da devastação de conquistas sociais promovidas pelo governo Bolsonaro, a 27ª edição do Grito dos Excluídos ocupará as ruas no próximo de 7 de setembro, por todo o país, para lembrar que a “vida deve estar em primeiro lugar”.

Esse é o lema de 2021 da tradicional mobilização organizada no chamado Dia da Independência, que terá como tema “a luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já”. O mote foi escolhido pela Confederação Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB).

Desde 1995 mobilizando cidadãos em todo o Brasil – em contraponto às manifestações “cívicas” que marcam a data –, o Grito dos Excluídos soma-se novamente à campanha nacional pelo “Fora Bolsonaro” em protesto às vozes de brasileiros que foram “abafadas” pela política negacionista do governo federal.

Em meio a tantas tragédias, o Grito dos Excluídos também lembra das vítimas da violência policial. Como as mães do Jacarezinho, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, onde uma operação da Polícia Civil deixou 28 mortos em 6 de maio deste ano. A maior letalidade oficialmente declarada em ações policiais.

Grito da Democracia

Contra o avanço dos grandes projetos sobre as terras indígenas, povos quilombolas e as agressões ao meio ambiente, a 27ª Edição do Grito dos Excluídos destaca as vozes seculares de resistência dos povos originários. Na luta em defesa da Constituição, ao menos 173 povos estão hoje na linha de frente para derrubar a tese do “marco temporal”.

Essa interpretação, defendida por ruralistas, pode alterar brutalmente as regras para a demarcação de terras indígenas e abrir os territórios para exploração mineral e agrícola, colocando ainda mais em risco a sobrevivência dos povos originários e com ainda mais desmatamento dos biomas nativos.

Por conta de toda essa união de lutas, o próximo 7 de Setembro será a grande oportunidade de se ouvir as vozes que são invisibilizadas e clamam pela participação, inclusão e o exercício dos direitos sociais.

Informações: Rede Brasil Atual, Clara Assunção, 26/08/2021

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