Estudantes de Porto Alegre confirmam apoio aos educadores em Plenária Regional do CPERS


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Na noite desta quarta-feira, 04 de março, os Núcleos 38º e 39º, de Porto Alegre, e 34º, de Guaíba, realizaram a Plenária Regional do CPERS. Educadores e alunos reuniram-se no 9º andar da sede do Sindicato. Professores, funcionários de escola, diretores e alunos relataram a precária situação das escolas da capital e os índices alarmantes de violência. A falta de repasses, a sobrecarga de trabalho e a falta de professores e funcionários de escola foram as demandas que mais foram compartilhadas durante a reunião.
O professor aposentado e conselheiro geral do CPERS, Clóvis Oliveira, ressaltou os ataques do governo Sartori (PMDB) aos educadores e a educação pública desde o início do seu mandato. “O projeto do Sartori é destruir a escola pública. Ele quer diminuir a folha de pagamento dos educadores. E como ele faz isso? Fechando as escola públicas e municipalizando-as. Ele governa em nome da burguesia gaúcha”, afirmou.
O professor da E.E.E.F América, de Porto Alegre, Shin Nilhimura, declarou que as escolas estão pedindo, cada vez mais, ajuda para a comunidade escolar. “São tantas rifas que estão acontecendo para trazer recursos para as escolas que nós até nos perdemos”, observou. Ele ainda ressaltou que a categoria tem que se preparar para mais ataques e tentativas de retirada de direitos pelo governo Sartori.  “Temos que nos preparar, pois virão mais ataques e um deles é nosso Plano de Carreira. Até setembro ficará pronto o levantamento da consultoria que o governo contratou. Temos que construir uma forte unidade com a comunidade escolar para juntos lutarmos pela Educação Pública em nosso Estado”, garantiu.
A professora aposentada, Jussara Domingues, analisou o cenário político no Brasil, a importância da luta pela democracia nesse momento e parabenizou a presença e a força da juventude na Plenária.
O diretor do CPERS, Enio Manica, ressaltou que o Brasil vive uma situação política e econômica muito complexa, mas não é uma situação isolada somente do país. “Em todo o mundo o neoliberalismo vem provocando um aumento das desigualdades e uma concentração de renda nas mãos de poucos”, destacou. Manica também frisou a importância da unidade que os educadores têm que construir com a comunidade escolar.
“Nós buscamos, desde o início da nossa gestão, colocar a categoria como protagonista. Precisamos construir sim uma aliança com os alunos e a comunidade escolar, pois o Sartori está destruindo a educação pública. Temos certeza que vamos construir uma grande mobilização junto com a comunidade escolar em defesa de uma educação pública de qualidade em nosso Estado”, afirmou.

Estudantes reafirmam a luta pela educação pública
O principal objetivo das 13 Plenárias Regionais que aconteceram no Estado, contemplando os 42 Núcleos do CPERS, foi de relatar o descaso do governo Sartori (PMDB) com a educação pública e os educadores. Denunciar para os pais, alunos e a comunidade escolar o que está acontecendo nas escolas de todo o Rio Grande do Sul.  Os alunos tiveram um papel fundamental nas Plenárias, pois trouxeram seus relatos, suas experiências e a vontade de lutar pela educação pública, lutar pelo futuro deles e das gerações que virão.
“Aqui no Estado, se não agirmos, corremos o risco de passar pelo que passaram os estudantes do Paraná e agora São Paulo e Rio de Janeiro. Nós queremos estudar. Nós vamos mostrar que a juventude vai para luta e temos muita força. Eles não vão privatizar a educação pública. Nós vamos estar na luta pelos professores e todos os servidores públicos”, afirmou a representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES, Isabela Lousardo.
A diretora do Movimento Social UBES de Santa Maria, Laura Helena Paz, comparou os governos  de José Ivo Sartori e o vice-presidente da República, Michel Temer, ambos do PMDB. “Sartori e Temer tem o mesmo projeto em nível nacional e estadual, que é a destruição da escola pública e dos serviços públicos. É muito importante que nós defendamos a democracia nesse momento que o Brasil vive. As greves nunca vão dar certo se a categoria não se unificar. Precisamos de união”, defendeu.
“Quero dizer que vocês professores têm total apoio de nós estudantes. É importante essa unificação dos professores e toda a comunidade escolar. Eu mesmo estou visitando outras escolas com o propósito de unir os estudantes para a luta da educação pública de qualidade”, ressaltou o presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Coronel Afonso Emilio Massot, Marcos Anderson.

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