Na manhã desta quarta-feira (28), Dia Nacional da Educação, representantes do movimento Vacina Já, de São Leopoldo, entregaram um ofício para a 2ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE) exigindo que as aulas presenciais só ocorram quando houver vacina para todos os educadores(as).
Devido à gravidade da pandemia, com altos índices de contaminação e ocupação de leitos nos hospitais em todo o estado, o texto reforça sua posição de que a retomada presencial das atividades de ensino só pode acontecer quando houver garantias reais de segurança para a comunidade escolar e vacinação para os trabalhadores(as) da educação.
O documento também reitera a negligência, omissão e irresponsabilidade de Eduardo Leite (PSDB) com a forma que tem tratado o tema da volta às aulas presenciais, descumprindo decisões judiciais e alterando o modelo de distanciamento controlado para flexibilizar medidas e reabrir escolas colocando em risco a vida de milhares.
Diante da crise econômica sem precedentes, agravada pela pandemia, o movimento exige ainda acesso à renda e alimento a quem precisa.
“Nós também cobramos a questão das cestas básicas. Na nossa região, muitas famílias estão se dirigindo para as escolas estaduais com a finalidade de receber cestas básicas, já que estamos em uma crise econômica muito acentuada”, explicou o diretor do 14º Núcleo do CPERS, Luiz Henrique Becker.
Por fim, é pontuado que se a educação, de fato, fosse prioridade ao governo, a luta seria por investimentos na qualificação do sistema de ensino remoto e no acesso à internet para os estudantes, garantindo as condições para que possam aprender com qualidade no contexto de educação a distância – o que não ocorre.
Além do CPERS, participaram da entrega do documento representações do Ceprolsindicato, MNLM São Leopoldo e Câmara Municipal de São Leopoldo, com a presidenta vereadora Ana Affonso (PT).
“Escola sem vacina é chacina”
Pela tarde, representantes do movimento Vacina Já e da comunidade escolar do Instituto Estadual Seno Frederico Ludwig, de Novo Hamburgo, mobilizaram-se pela urgência na vacinação dos educadores(as) como pré-requisito para um retorno seguro.
Exibindo cartazes e faixas com os dizeres “Vacina Já” e “Escola sem vacina é chacina”, professores(as), funcionários(as), estudantes e sindicalistas mobilizaram-se em frente à instituição de ensino, situada no bairro Canudos, que abriga mais casos de covid-19 no município.
“Entendemos que a normalidade precisa voltar, mas, antes de qualquer coisa, precisamos defender a vida. Bolsonaro é um genocida, inconsequente e irresponsável, tal qual Eduardo Leite, que não pensa na segurança da comunidade escolar e nem na qualidade do ensino”, explicou Cristine, vice-presidente da UENH.
Participaram da atividade representantes do 14º Núcleo do CPERS, do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (Sindprofnh), União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH), Sindicato dos Sapateiros, CUT Regional Vale dos Sinos e mandato do vereador Enio Brizola (PT).
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