A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lançou, na última semana, a 31ª edição da revista ‘Cadernos da Educação’, abordando a temática ‘Escola Sem Racismo’. A escolha do tema acontece em razão dos 20 anos da promulgação da Lei 10.639/2003, que inclui a obrigatoriedade de assuntos sobre a ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ nos currículos educacionais.
Para o secretário de Combate ao Racismo da CNTE e coordenador da edição, Carlos Furtado, a publicação “já na primeira página, deixa claro que não ensinar a cultura afro-brasileira nas escolas é negar a nossa identidade”, diz.
O Caderno deve servir como instrumento guia nas lutas de entidades sindicais pela implementação de assuntos étnicos raciais na educação pública do país. Com contribuições de docentes, especialistas sobre o assunto e representantes de organizações educacionais, a publicação aborda os principais desafios para a aplicação da temática no chão das escolas.
Entre os tópicos abordados, estão a disputa de hegemonia à descolonização do Brasil, os desafios da promoção da igualdade racial no país, as consequências do racismo na escola, e uma avaliação sobre os anos de vigência da Lei 10.623/2003.
“Esse caderno é de suma importância para nós. Nos dá fôlego para podermos incentivar as nossas entidades de base a discutir a aplicação da lei. Mostra o quanto é importante para tratarmos a escola como um lugar de afeto e respeito, e poder debater a nossa cor e nossa raça. Este Caderno chega para dar esse reforço e para mostrar que é, sim, possível aplicar a Lei 10.639”, avalia Carlos.
“Espero que todas as entidades aproveitem muito bem a publicação e a compartilhem para que nós possamos, realmente, ter uma sociedade mais justa e podermos pensar em uma equidade de raça no nosso país”, conclui.
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Fonte: CNTE