Em audiência com governo, CPERS reafirma a força da Greve e exige o pagamento dos salários em dia


Após 23 dias de Greve, o governo chamou o Comando de Greve do CPERS, na tarde desta quinta-feira (29), para uma audiência. No começo da reunião, o secretário de Educação, Ronald Krummenauer, e o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, entregaram um documento, em que o governo reafirma seu projeto de destruição das políticas públicas e de privatização de todas as estatais. O que pretende fazer através da renegociação da dívida com a União. Entretanto, o Movimento Unificado dos Servidores vem apresentando outras alternativas, que não seja o sucateamento das políticas públicas e as privatizações.
No mesmo documento, o governo também menciona algumas ações que foram amplamente divulgadas pelos meios de comunicação como pagar em primeiro lugar os menores salários e ressarcir os prejuízos dos parcelamentos apenas com o índice da poupança. No entanto, ainda em maio, o CPERS obteve ganho da ação coletiva na justiça, em que o estado é obrigado a ressarcir os prejuízos com juros e correção monetária.
Durante a reunião, Branco comunicou que amanhã recebem apenas os educadores com salário até R$ 1.750,00. “Só recebe amanhã, quem tem salário até R$ 1.750,00. Quem ganha um real a mais terá zero depositado na conta. Para aqueles que recebem até R$ 4 mil, o depósito deve ocorrer no dia 11 e os demais somente no dia 17. Acabou o parcelamento, mas começou o atraso dos salários”, observou Helenir.
Diante da falta de respostas concretas às reivindicações dos educadores, o Comando de Greve do CPERS afirmou que a Greve continuará forte em todo o Rio Grande do Sul, até que o governo respeite o que prevê o artigo 35 da Constituição, pagamento em dia e integral dos salários dos servidores até o último dia do mês.
“Convocamos a todos os educadores e educadoras a estarem em nossa Assembleia de Mobilização amanhã, às 8h30, no Gigantinho. Não podemos aceitar menos do que os nossos direitos. E logo após a nossa grande assembleia, faremos um forte ato unificado com todos os servidores gaúchos. Não recuaremos”, afirmou Helenir.

 

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