Educadores resistem em vigília aos seus direitos na Praça da Matriz


Desde o Dia do Professor (15 de outubro) professores(as) e funcionários(as) de escola estão acampados na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Há três dias de completar um mês de acampamento, os educadores(as) resistem em vigília aos seus direitos.

Esta semana, os trabalhadores(as) em educação dos Núcleos de Erechim, Guaporé, Lagoa Vermelha, Passo Fundo e Vacaria são os responsáveis pelas atividades no local.

Nesta terça-feira (12), pela manhã, além do tradicional Sinetaço – Acorda Leite, os educadores(as) confeccionaram uma colcha de retalhos e uma faixa para colocar em frente ao Palácio do Piratini.

“Confeccionamos a colcha de retalhos com o objetivo de demonstrar para a sociedade a nossa resistência nesses cinco anos sem reajuste, com quase 48 meses de salários atrasados. Demonstrando aqui, a coragem e persistência dos educadores em busca dos nossos direitos, e também mostrar para a comunidade gaúcha a nossa vontade e coragem de defender a escola pública”, explica a diretora do 30° Núcleo (Vacaria), Joara Dutra.

Visitas de solidariedade e apoio no acampamento 

Durante esse período os educadores(as) quase que diariamente recebem visitas de solidariedade e apoio à luta da categoria. Estudantes, pais, colegas, comunidade escolar e funcionalismo público deixam seu carinho aos acampados.

Nesta terça, a visita foi do secretário-geral da Federação de Sindicatos de Lugansk, Andrey Kochetov, dos professores Nubem Medeiros e Cláudio Ribeiro e do fisioterapeuta, Ávila Tresohlavy. “É muito importante estarem unidos neste momento. Em todos os países a classe trabalhadora tem os mesmos problemas, precisa lutar pelos seus direitos. O imperialismo tenta predominar. Sejam fortes camaradas e lutem”, afirmou Kochetov.

Pela tarde a educadora e ex-presidente do CPERS em duas gestões (1999 a 2005), Jussara Dutra Vieira, participou de uma roda de conversar para analisar a conjuntura nacional e estadual de ataques à educação e conversou com os educadores(as) sobre importantes passos da luta.

“Uma educação pública, gratuita e de qualidade é um direito da sociedade. A educação deveria ser uma prioridade em todos os governos, com respeito a profissionalização e com profissionais conscientes do seu papel de formador de opinião”, destacou Jussara.

Na tarde desta quarta-feira (13), os educadores visitarão os gabinetes dos deputados estaduais para entregar Moções de Repúdio que estão sendo aprovadas nas Câmeras de Vereadores de diversos municípios gaúchos, contra os projetos de alteração no Plano de Carreira do Magistério, no Estatuto do Servidor Público e na Previdência Estadual. Até agora a Moção já foi assentida em 55 municípios.

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