Diretores(as) de 80 escolas que integram a região de abrangência do 14º Núcleo do CPERS (São Leopoldo) reuniram-se nesta segunda-feira (28) para conhecer de forma mais aprofundada o pacote do governo Eduardo Leite. No auditório da Escola Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt, ouviram da assessoria jurídica do Sindicato, o detalhamento dos projetos que visam alterar o Plano de Carreira da categoria, a Previdência e o Estatuto dos Servidores (Lei 10.098).
O advogado Marcelo Fagundes expôs como as medidas previstas pelo governo atingirão os educadores, tanto os da ativa quanto os aposentados. “Este projeto extremamente nocivo atingirá a todos professores, funcionários, educadores contratados e, inclusive, os aposentados que passarão a pagar alíquotas que podem chegar a 16,32% do salário”, alertou.
Através de uma apresentação detalhada, Fagundes esclareceu ponto a ponto do texto divulgado pelo Executivo. Fim dos triênios e quinquênios, aumento do tempo de contribuição, difícil acesso apenas para as escolas do campo, ataques à organização sindical e do congelamento dos salários de toda a categoria por anos foram algumas das consequências expostas.
Após as explicações, houve debate sobre as alternativas e encaminhamentos para impedir que projeto não seja aprovado.
O diretor do 14º Núcleo do CPERS, Luiz Henrique Becker, lembrou a todos que conforme decisão da Assembleia Geral da entidade, 72 horas depois do pacote ser protocolado na Assembleia Legislativa, a categoria deflagrará uma forte greve. “Já estamos com uma intensa mobilização nas escolas e junto à comunidade escolar. Mais do que nunca, nossa resistência e pressão aos deputados são fundamentais”, afirmou.
Na ocasião, o grupo de diretores aprovou as seguintes propostas de encaminhamento:
- a) Solicitar moção de apoio ao magistério (contra o projeto do governo Leite) à Câmara de Vereadores de cada cidade;
- b) Ida de um ônibus com a comunidade escolar, nesta terça (29) à Porto Alegre – Acampamento da Resistência e visita aos deputados estaduais;
- c) Reunião com educadores(as) nesta terça-feira (28), às 17h30, na escola Milton Benemann, em Feliz, para professores(as) e funcionários(as) de dez cidades da região;
- d) Ajudar a fortalecer a greve;
- e) Entregar os cargos de direção, caso o governo apresente o projeto na Assembleia Legislativa;
- f) Dialogar com a comunidade das escolas, buscando apoio em defesa à escola pública e os nossos direitos dos educadores;
- g) Conversar e pedir apoio aos vereadores e deputados para que o projeto não seja aceito na Assembleia Legislativa;
- h) Ocupar as tribunas das Câmaras de Vereadores, jornais e rádios comunitárias para explicar os ataques do governo à educação;
- i) Visita de diretores de escolas à Assembleia Legislativa, no dia 05 de novembro, para conversar com os deputados estaduais.
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