Com muita preocupação, diretores(as) de escolas de Porto Alegre responderam ao chamamento da direção central e compareceram ao auditório do CPERS nesta quinta-feira (17) para uma plenária de debate sobre o projeto de maldades de Eduardo Leite.
Para dar início ao encontro, o segundo vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, ressaltou que a categoria enfrentará uma dura batalha.
“Hoje chamamos as direções de escolas e suas representações para que através de nossa assessoria jurídica possamos apresentar a reforma de Eduardo Leite, para que assim haja uma unidade no entendimento desse projeto, que é danoso para todos que escolhemos a educação como carreira”, afirmou Edson.
Solange Carvalho, primeira vice-presidente do Sindicato, lembrou que o CPERS passou a integrar a Frente dos Servidores Públicos (FSP/RS), uma nova unidade para enfrentar a conjuntura de ataques à sociedade, ao serviço público e aos direitos das categorias nas esferas municipal, estadual e federal.
“Estamos participando da frente dos servidores porque essa luta é de todos os servidores públicos. Esse plano diabólico do Eduardo Leite é uma vergonha e precisa ser barrado”, destacou Solange.
EDUARDO LEITE QUER ACABAR COM A CARREIRA DE EDUCADOR(A)
O advogado Marcelo Oliveira Fagundes, do escritório Buchabqui e Pinheiro Machado, assessoria jurídica do CPERS, apresentou aos diretores uma análise técnica da minuta do projeto apresentada ao sindicato.
Marcelo ressaltou que todas as carreiras do estado estão sendo atacadas. “Essa proposta termina com a carreira dos educadores e cria a remuneração. Ele quer mascarar o pagamento do piso, mas vai apenas realocar valores. Por isso insistimos, quem vai pagar o piso é o próprio professor”.
Outro ataque brutal previsto no projeto é quanto ao avanço na carreira, atualmente o magistério e os funcionários de escola recebe aumento de salário com os avanços temporais, isso pode terminar, visto que as vantagens podem ser extingas.
“Essa proposta é o fim do conceito de carreira, hoje em dia nós temos um crescimento vegetativo da folha, quanto mais tempo de serviço, mais vantagens. Se passar nós teremos um congelamento eterno nos vencimentos”, destacou Marcelo.
Confira abaixo a íntegra da plenária com direções escolares de Porto Alegre e tire suas dúvidas sobre o pacote de Eduardo Leite com a assessoria jurídica do CPERS.
AGORA É GREVE
Jussara Domingues, sócia do CPERS desde 1961, ressaltou que a única forma de barrar esse projeto é com a união da categoria e uma greve forte e coesa. “A greve sempre foi nosso maior artifício, se não lutarmos a gente perde certo. Trazer a comunidade junto é fundamental, porque se esse projeto for aprovado nós vamos morrer de fome, por isso precisamos lutar”.
Relembramos que conforme deliberado na última Assembleia Geral do CPERS, assim que Eduardo Leite protocolar os projetos, o Sindicato comunicará toda a categoria e setenta e duas horas (72h) depois, entraremos em greve para barrar o fim da carreira e os ataques ao serviço público.
Somente uma mobilização massiva, forte e unificada pode obrigar Eduardo Leite a recuar. Por isso, converse com seu colegas de trabalho, discuta a importância da greve com alunos e pais. Mobilize toda a comunidade escolar.
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