Nesta terça-feira, dia 10, educadores e a Direção Central do CPERS participaram do Dia Nacional de Luta Contra o Golpe, chamado pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, a qual integra 66 entidades entre elas o CPERS, conforme decidido em Conselho Geral. Os atos aconteceram em todo Brasil. No Estado foram mais de 17 municípios que bloquearam estradas desde às 6h da manhã. Com o objetivo de chamar a atenção da população com a tentativa de impeachment. Por volta das 17h milhares de trabalhadores reuniram-se na Esquina Democrática em Porto Alegre para encerrar o Dia de Luta contra o Golpe. O Ato Político Cultural contou com a participação de diversas bandas e cantores regionais, entre eles, Mari Martinez e Lili e Bruno que animaram e embalaram os trabalhadores durante a mobilização. Representantes de diversas Centrais Sindicais e Movimentos Sociais deram seus recados em favor da democracia no caminhão de som. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Guiomar Vidor destacou a construção da unidade da classe trabalhadora e de todos que defendem a democracia. “Não somente nos quatro cantos do Rio Grande do Sul, mas em todo Brasil os trabalhadores saíram às ruas para demonstrar que 54 milhões de votos tem validade. Que a classe trabalhadora não vai aceitar que eles apliquem as políticas que não aceitamos nas urnas”, afirmou.
Vidor também ressaltou o descaso do governo Sartori (PMDB) com a população gaúcha. “Sartori tem a mesma política do Temer. Ele está nos empurrando o aumento de pedágios, retirada de direitos dos servidores e a privatização do nosso Estado”, destacou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Claudir Nespolo, destacou a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que atuou durante o dia de forma ativa nos bloqueios das rodovias durante a manhã desta terça-feira. “Foi muito importante o que fizemos hoje, pois conseguimos “desalienar” muita gente mostrando que o golpe e na democracia”, acrescentou.
Nespolo também chamou a atenção dos trabalhadores presentes para uma possível greve geral de todas as categorias. “Quando chamarmos uma greve geral dos trabalhadores não podemos falhar. O governo tem força em cima dos empresários golpistas”, e finalizou “Temos que ter a noção que somos fundamentais nas lutas”.
Por diversas vezes os representantes da Frente Brasil Popular e Povo sem Medo chamaram os trabalhadores para em uma voz só gritarem “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” , “A realidade é dura a rede Globo apoiou a ditadura”, enquanto isso um repórter da RBS TV gravava uma passagem sobre o ato e o cinegrafista fazia imagens, em um prédio na esquina da Rua dos Andradas com a Borges de Medeiros.