Debate e ato marcam o Dia Nacional em Defesa das Universidades e Institutos Federais, em Porto Alegre


Nesta quinta-feira (31), Dia Nacional em Defesa das Universidades e Institutos Federais, o CPERS participou das ações organizadas pela ADUFRGS-Sindical e a União Estadual dos Estudantes (UEE), no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

A manhã iniciou com uma mesa de debate sobre “Mulheres e Sindicalismo na Contemporaneidade”, para marcar o encerramento do mês de luta pela vida das mulheres.

O evento contou com a presença da presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, da diretora de Comunicação da ADUFRGS-Sindical, Sônia Ogiba, da diretora de Educação, Formação e Cultura do Sinpro RS, Margot Andras, e da representante da ATENS UFRGS, Graziela Quijano. 

Para a presidente Helenir, a luta pela vida das mulheres perpassa todas as lutas do CPERS.

“Falar das mulheres no CPERS é quase uma obrigação. O nosso Sindicato é formado majoritariamente por mulheres, na escola pública, a maioria dos estudantes são mulheres. Por isso, nos unimos na luta contra o machismo e em defesa da valorização profissional das mulheres educadoras. Precisamos nos unir contra a cultura machista e o racismo estrutural que assolam o nosso país”.

“Chamamos vocês para comporem a nossa mesa, por acreditar na força das mulheres sindicalistas. Desde o golpe de 2016, contra uma mulher presidente, temos lutado juntas pela democracia e contra os ataques que sofremos”, destacou a diretora de Comunicação da ADUFRGS-Sindical, Sônia Ogiba. 

A diretora de Educação, Formação e Cultura do Sinpro/RS, Margot Andras, salientou que esse é um ano eleitoral e é preciso pensar nessas pautas na hora de decidir o voto.

“O nosso Parlamento possui 15% de mulheres. Atualmente quem decide o futuro do nosso país são os homens, mas eles não entendem a importância das nossas lutas. Esse ano é um ano eleitoral, nós precisamos eleger mulheres e colocá-las em papéis de liderança. Precisamos de lideranças mulheres desde os bairros, nos sindicatos, lutando por creches, por seus filhos, por visibilidade”. 

Graziela Quijano, representante da ATENS UFRGS, trouxe a experiência da Argentina nas lutas pelas mulheres e o sindicalismo. “Atualmente, o sindicalismo é a nossa única trincheira de luta, precisamos fortalecer os sindicatos, esse é o caminho”. 

Ato em defesa da educação pública

Após a mesa de debates, educadores(as) e estudantes realizaram um ato unificado, em frente à Faculdade de Educação da UFRGS (Faced), para deixar o recado: a universidade pública é de todos(as)! 

Airton Silva, presidente da UEE, ressaltou a importância de defender a educação pública e da união para derrotar quem não a defende. 

“Hoje, ocupamos o espaço dessa universidade, referência na luta democrática e na defesa da educação, para pautar que esse lugar é nosso, que aqui não há interventor que tire o direito dos estudantes, dos professores, dos técnicos. Nós estamos aqui para pautar qual a universidade que nós precisamos construir, porque esse ano é essencial para a nossa educação e o nosso país, precisamos ser linha de frente para derrotar esse governo genocida, inimigo da educação e do povo brasileiro”.

“Está equivocado quem defende a educação em um nível só, nós defendemos uma educação pública, gratuita e de qualidade, desde a educação infantil, até o mestrado e o doutorado. Nós acreditamos que esse é um direito de todos”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, durante o ato.

A diretora do Sindicato, Rosane Zan, também esteve presente nas atividades.

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