CPI da Previdência: déficit é forjado para justificar reforma


Em 2017 o relatório da CPI da Previdência apontou que as estimativas que serviram de base para a proposta do governo Michel Temer estavam “eivadas de erros e imprecisões” e que terminavam “por forjar uma situação artificialmente grave com o intuito de acabar com a previdência pública e criar um campo para a atuação das empresas privadas”. A principal conclusão da CPI foi de que a Previdência Social não é deficitária, mas sim alvo de má gestão por parte do governo, que retira dinheiro do sistema para utilizar em outras áreas, protege grandes devedores – que já recebem empréstimos e benefícios fiscais – e penaliza os(as) trabalhadores(as).

– Por ano, empresas deixam de repassar à Previdência R$ 31,25 bilhões, valores descontados do salário dos(as) trabalhadores(as) e apropriados de forma indevida. A dívida chegava a R$ 450 bilhões em 2017.
– Somente em 2019, outros R$ 54 bilhões devem ser perdidos com desonerações e renúncias previdenciárias.
– 30% dos recursos previstos para a Seguridade Social na Constituição são desviados para outras áreas por meio da Desvinculação de Receitas da União (DRU).

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