CPERS participa de seminário “Discutindo o IPE- Saúde” organizado pela Fessergs


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Nesta segunda-feira, dia 09, a Direção Central do CPERS, diretores de diversos Núcleos do Sindicato, representantes do CPERS no IPE Saúde participaram do Seminário “Discutindo o IPE- Saúde”, promovido pela Fessergs em comemoração aos 26 anos da entidade. O encontro ocorreu das 9h às 17h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa e contou com a participação de representantes de diversos Sindicatos dos servidores públicos.
Na abertura o presidente da Fessergs, Sergio Arnold falou da importância de colocar em pauta a o IPE Saúde. “Nossa preocupação social levou a realizar esse seminários. Nós temos o dever de continuar o debate para ampliar e melhorar o IPE Saúde”, afirmou.
A primeira mesa de debate com o tema “Situação atual do IPE Saúde”, teve como palestrante o presidente do IPE, José Alfredo Parode e como debatedores, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer e o presidente da ASSTBM, Aparício Santellano.
O presidente do IPE, José Alfredo Parode, fez uma análise do plano de saúde atualmente, e ressaltou vários itens para tentar justificar o Projeto de Lei de sua autoria que está na Casa Civil  e logo chegará até a Assembleia Legislativa, onde serão cobrados 5% dos dependentes. José justifica que precisa ser revisto o modelo de financiamento, à procura pelo plano diminuiu, a população está envelhecendo mais, devido à crise não estão entrando novos servidores, entre outros. “Há mais de 5 anos as tabelas de preço não são reajustadas, e quem paga a conta são os médicos. Se entendermos que não precisamos mudar no IPE, tudo bem. Agora se tivermos que reestruturar teremos que fazer alguns ajustes financeiros”.
Segundo Parode hoje são mais de 1 milhão de beneficiados e 408 mil dependentes. Parode garante que mesmo com a crise o calendário de pagamentos dos credenciados ao plano estão em dia.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer destacou as demandas da categoria como a falta de especialistas, falta de atendimentos e até mesmo os médicos que cobram taxas a mais pelos serviços e ainda ressaltou que em muitos lugares o atendimento pelo Sistema Único de Saúde – SUS está melhor que o IPE. Ela também defendeu que não será permitido pela a categoria nenhum ajuste no plano. “Reafirmamos que nós servidores estaremos na luta para que não seja feito nenhum reajuste financeiro no IPE, já que nós estamos desde 2014 sem nenhum reajuste em nossos salários”, afirmou.
O presidente da ASSTBM indagou o presidente Parode se o Estado está fazendo os repasses devidos ao IPE saúde.
Na segunda mesa do dia o membro do Conselho Deliberativo do IPE, Heriberto Roos Maciael, de uma forma rápida demonstrou algumas das principais modificações no plano de saúde, que estão no Projeto de Lei, será permitido o conjugue ser dependente somente quando o salário for menor que o titular, será permitido o retorno dos servidores que se desligaram do plano de saúde, entre outros. “Estamos em um momento muito delicado, devido à crise no Estado, mas a questão de ajustes deve ser pensada e analisada para chegarmos em uma solução. Mas é importante que esse PL siga no que há concordância para que possamos fazer as melhorias necessárias”, finalizou.
Os representantes dos sindicatos e representantes do Conselho Deliberativo do IPE reforçaram que a forma que foi feita o PL não foi a melhor, pois eles não participaram da construção do documento e muitas vezes quando o presidente Parode foi indagado sobre o PL não soube responder ou tirar as dúvidas a respeito do projeto.
A diretora do CPERS, Ida Irma Dettmmer, lembrou ao presidente Parode que ele disse em uma das reuniões com o CPERS que a quantia de 70 reais que será pago por dependente seria o valor de um almoço. “É preciso abrir a caixa preta, está na hora de termos mais clareza sobre o IPE Saúde. E te peço se o senhor quiser construir alguma coisa com os servidores nunca mais repita que o que será cobrado por dependente é um almoço. Porque pra nós educadores esse valor é o almoço de uma semana”, observou.

Somente com estudo da arrecadação e da prestação de serviço do IPE Saúde poderá sinalizar reajuste 

No início da tarde por volta das 14h reiniciou o encontro, o diretor médico do IPE, Alexandre Escobar apresentou os dados financeiros do IPE durante o ano de 2015, a perspectiva para 2016 e as finanças do Estado.
O representante do CPERS no IPE, Antônio Alberto Andreazza, ressaltou que se o governo Sartori (PMDB) pagasse o Piso Salarial do Magistério como deveriam o Ipe estaria  salvo, pois hoje o governo tem um déficit de 69,44% nos salários dos professores e funcionários de escola.
Na última mesa teve como palestrante, o médico e ex-diretor do IPE, Paulo Leal que mostrou dados concretos do IPE Saúde desde sua fundação em 2004. Ele expôs algumas adequações que o IPE Saúde tem que realizar para melhorar: aumento de recursos humanos (precisaria de no mínimo 82, e hoje são 56 servidores), revisão do modelo de remuneração dos prestadores de serviço, revisar modelo de auditoria de contas, revisão do modelo de financiamento. No final da sua palestra Paulo defendeu que antes de falar em cobrar algum valor dos dependentes deve ser feito um estudo da arrecadação e da prestação de serviços para saber se é necessário algum reajuste na arrecadação e quem deveria pagar este reajuste.“Somente através desse estudo aprofundado poderemos afirmar ou comprovar que é realmente preciso cobrar alguma taxa dos dependentes”, destaca.

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