CPERS participa de Audiência Pública sobre transporte escolar em Gravataí


Nesta quarta-feira (5), foi realizada uma Audiência Pública, na Câmara Municipal de Gravataí, para tratar sobre a falta de transporte escolar no município.

Quase dois meses, após o início do ano letivo, cerca de 600 alunos(as) ainda são prejudicados(as) pela impossibilidade de chegar às escolas para acompanhar as aulas. Muitos estudantes têm que recorrer a ajuda da comunidade com caronas, ou ainda ter que caminhar cerca de 5 km.

Quatro instituições da zona rural de Gravataí são atingidas pelo problema e participaram do encontro: EEEF Estado de São Paulo, EEEM Emília Veiga da Rocha, EEEF Santa Tecla e EEEF Frei Veloso.

Representando o CPERS, compareceram à audiência o 1º vice-presidente do Sindicato, Alex Saratt, o diretor, Leonardo Preto Echevarria, e a diretora do 22º Núcleo (Gravataí), Letícia Gomes. A proponente do encontro foi a vereadora Anna Beatriz (PSD).

O 1º vice-presidente, Alex Saratt, destaca a importância da participação da comunidade escolar para pressionar o governo, exigindo o cumprimento dos diretos dessas crianças e jovens, que estão sendo impedidos de frequentar a escola.

“É uma vergonha, a política irresponsável do governo faz com que os estudantes deixem de acompanhar as aulas. O CPERS está atentamente acompanhando este debate do transporte escolar, apoiando a iniciativa da comunidade e pressionando para a breve resolução do problema”, explica.

Na última sexta-feira (31), o Sindicato visitou a EEEF Estado de São Paulo, que fica no bairro Morungava, zona rural do município. A escola tem condições e estrutura para atender mil alunos(as), mas, atualmente, apenas 300 conseguem ir à aula, devido à falta de transporte escolar para todos(as).

De acordo com o diretor da instituição, Ricardo Britz, o prejuízo sofrido por essas crianças é inestimável. “Há quatro anos, todos os vereadores aqui dessa casa foram lá nos pedir votos e, agora, quando mais precisamos, estamos sozinhos. Os alunos estão sem transporte e por isso sem aulas. O Estado e o Município estão se digladiando e ninguém resolve o prejuízo dessas crianças, que estão em casa e não conseguem ir para a escola”.

Ricardo ainda completa: “Nós precisamos de providências urgentes para essa questão do transporte escolar, que ainda não está funcionando. Tem dinheiro, mas não tem quem gerencie e o Estado não determina quem é que vai transportar estas crianças das escolas estaduais”.

“O governo Leite não tem responsabilidade nenhuma com a comunidade escolar, em especial com o meio rural. Já estamos em abril e a Seduc ainda não teve a capacidade de assegurar o transporte escolar para as crianças e adolescentes da região. O Estado quer terceirizar sua responsabilidade e obrigar os municípios a aderirem ao Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar. É uma vergonha, já estamos em abril e a solução ainda está longe de acontecer”, afirma o diretor do CPERS, Leonardo Preto Echevarria.

O Conselho Tutelar também se fez presente na audiência, assim como a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, e dezenas de mães, pais e estudantes.

Na próxima segunda-feira (10), haverá uma nova reunião, na sede da Seduc, em Porto Alegre, com a presença de representantes da comunidade escolar, CPERS, 28ª CRE, Secretaria Municipal de Educação de Gravataí, OAB, Comissão de Educação da ALRS e do Conselho Tutelar. O objetivo do encontro é para que seja definido, categoricamente, o que será feito para que esses estudantes consigam chegar em segurança nas suas escolas.

O CPERS continuará pressionando o governo para que cumpra com a Lei e garanta o acesso à educação, e que essas crianças e jovens não tenham nenhum direito a menos!

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