Comando de Greve avalia primeiro dia do movimento e define calendário de mobilização


Reunido pela primeira vez na tarde desta segunda-feira (18), o Comando de Greve realizou um balanço do início do movimento grevista e debateu as próximas ações de comunicação e mobilização.

Composto por 30 integrantes – 16 dirigentes do campo político da direção central e 14 das forças de oposição -, o grupo avaliou positivamente a resposta da categoria.

Com ampla adesão nos 42 núcleos já nesta segunda e centenas de escolas anunciando paralisação para os próximos dias, a tendência é que o movimento se consolide como uma das maiores greves dos 74 anos de história do CPERS.

“Não são apenas nossos empregos e nossas carreiras que estão em jogo”, comenta a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. “É a própria existência da escola pública.”

Os presentes também acordaram um calendário de lutas para os próximos oito dias, incluindo realização de Assembleia Geral de mobilização com toda a categoria já na terça-feira da próxima semana (26), às 13h30, na Praça da Matriz.

Confira as orientações:

1. A primeira semana deve ser dedicada ao diálogo com a sociedade e ampliação e fortalecimento da greve junto à categoria
2. Produção e distribuição massiva de materiais voltados à sociedade em geral, denunciando a miséria da categoria, a intenção do governo em acabar com a escola pública e pedindo apoio ao movimento grevista
3. Dia 20 de novembro: formação de colunas do CPERS para participação nas atividades do Dia da Consciência Negra em todos os 42 núcleos
4. Dia 22 de novembro – Marcha da Educação: caminhada até as CREs nos núcleos do CPERS para entrega de documento exigindo do governo a retirada dos projetos
5. Dia 26 de novembro – Assembleia Geral de Mobilização, às 13h30, na Praça da Matriz

O CPERS segue
apurando a adesão em todo o estado. Muitas escolas que não fecharam as portas nesta segunda realizaram reuniões ao longo do dia e decidiram por paralisar nesta terça e quarta-feira.


CE Eng. Paulo Chaves, Maratá

Em algumas regiões, a adesão é de 100%, como no núcleo de Soledade. Em São Luiz Gonzaga, a adesão é de 95%. Em Erechim, 41 das 81 escolas já fecharam as portas total ou parcialmente. Em Santa Cruz do Sul, apenas uma escola se manteve aberta.


EEEM Comedador Eduardo Secco, Sertão Santana

No núcleo de Montenegro, 10 das 22 escolas também aderiram. Em Porto Alegre, ao menos 30 escolas pararam totalmente já nesta segunda. Chama atenção a paralisação de escolas que tradicionalmente não aderem a manifestações, como o colégio Tiradentes, de Passo Fundo.


EEEF Dr. Jorge Guilherme Moojen, Montenegro

A greve foi deflagrada após o protocolo na Assembleia Legislativa, por parte do governo Eduardo Leite, do pacote que ataca duramente os trabalhadores(as) em educação.

Em pauta, salário em dia, reajuste imediato e a derrubada dos projetos de destruição da escola pública.

Trata-se do mais amplo e profundo ataque já realizado aos educadores(as) da rede estadual.


Os projetos preveem o extermínio de direitos e vantagens, fim da incorporação de gratificações na aposentadoria, um brutal achatamento da carreira e o congelamento de salários por tempo indeterminado, além da taxação de aposentados(as) que ganham menos.

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EEEM Professora Aglae Kehl, Guaíba


Ato em General Câmara


EEEM Érico Veríssimo, Erechim


EEEM Professor Carlos Lorea Pinto, Rio Grande (grevistas com piquete na entrada da escola)


CE Florinda Tubino Sampaio, Porto Alegre


EEEM Emilio Alves Nunes, Herveiras

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