Centenas de estudantes protestam contra o fim da gratuidade da segunda passagem


No início da manhã desta sexta-feira (11), Dia do Estudante, dois protestos marcaram a data em Porto Alegre, ambos em repúdio ao decreto do prefeito Nelson Marchezan que pôs fim à gratuidade na segunda passagem de ônibus na capital e a ameaça de retirar o meio-passe (50% de desconto) das passagens dos estudantes, através de um Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Vereadores.
Em frente à Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a manifestação dos estudantes, que bloquearam, a rua Sarmento Leito por alguns instantes, foi dispersada por bombas de gás lacrimogêneio lançadas pela Brigada Militar.
“Hoje é o Dia do Estudante, vamos usar essa data para mostrar nossa insatisfação com a precariedade da educação em vários sentidos. A questão da passagem vai aumentar a evasão escolar e prejudicar quem estuda”, afirmou Paola Loguercio, estudante de Arquitetura da UFRGS.
Enquanto isso, centenas de estudantes realizavam uma forte manifestação em frente à escola Parobé. Logo após, eles seguiram em caminhada até a Prefeitura, que estava com os acessos totalmente bloqueados por grades. Entoando frases como “O meio passe é meu direito, se mexer nele derrubamos o prefeito”, os estudantes manifestaram seu total repúdio as políticas arbitrárias de Marchezan.
A vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho, esteve junto dos estudantes durante todo o ato. “O ato dos estudantes de Porto Alegre foi grandioso, com a energia própria da juventude. Demonstrou que a injusta medida de retirar o meio passe, ou mesmo, a gratuidade da segunda passagem, não passará com facilidade, pois os estudantes resistirão. O CPERS apoiou a atividade, pois entendemos que a unidade na luta de educadores e alunos é vital para a manutenção da educação pública e gratuita. Estaremos sempre ao lado dos alunos e alunas nesta e outras causas justas. Parabéns, aos grêmios estudantis que organizaram uma marcha com 10 mil estudantes, conscientes e dispostos a manterem os seus direitos”, afirmou.

 

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