Censo Escolar comprova intenção de Eduardo Leite de acabar com os NEEJAs


Eduardo Leite (PSDB) mais uma vez ataca a Educação Pública, agora, o foco do governo são os Núcleos Estaduais de Educação de Jovens e Adultos  (NEEJAs). Na última semana, o governo encaminhou ofício para as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) comunicando o enxugamento e remanejamento do quadro de professores(as) dos NEEJAs.

Desta forma, Leite retira dos jovens e adultos a possibilidade de acabarem os estudos e conseguirem uma oportunidade melhor no mercado de trabalho, destruindo desta maneira milhares de sonhos.

Em uma pesquisa realizada pelo Dieese, com dados do Censo Escolar 2021, na rede estadual de ensino no Rio Grande do Sul, haviam 2.182 matrículas na modalidade.

Atualmente, dos 497 municípios gaúchos, apenas 18 contam com oferta do NEEJA (Tabela 1).

O documento também compara o ano de 2019 com 2021, verificando que pelo menos cinco municípios deixaram de ofertar a modalidade, são eles: Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Pelotas e Soledade.

>>> Confira aqui o estudo completo. 

Constatou-se na pesquisa a redução de núcleos nos municípios, por exemplo, Porto Alegre. Em 2019, a capital contava com sete núcleos, em 2021, passou a registrar apenas quatro. Isso ocorreu também em Cruz Alta, Passo Fundo e Santo Ângelo.

Também foi verificado que os municípios de Frederico Westphalen, Lajeado, Santo Cristo, Tenente Portela e Venâncio Aires passaram a ofertar a modalidade no ano de 2021.

O estudo concluiu que mesmo considerando que embora alguns núcleos foram fechados e outros abertos, para a comunidade o saldo é negativo. Em 2019 havia, de acordo com os registros no Censo – que é preenchido pela própria entidade de ensino -, na rede estadual, um total de 29 núcleos e em 2021 passou para 23, ou seja, seis núcleos a menos em um espaço curto de tempo.

Luta para assegurar os NEEJAs

O CPERS juntamente com os seus 42 núcleos, repudia essa ação e conclama todos para um movimento que garanta o direito à educação e ao emprego dos educadores(as). Exigimos a imediata suspensão da orientação encaminhada e o restabelecimento das condições anteriores.

“É necessário resistirmos, educação de qualidade se faz com professores para atenderem dignamente os alunos das nossas escolas. Vamos defender os NEEJAs porque é importante que aqueles que não puderam estudar em seu momento escolar, e que voltaram para a escola, tenham esse esforço reconhecido e condições para desenvolver o seu conhecimento”, destaca a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

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