Cachoeira do Sul, Sant’Ana do Livramento e Santa Cruz do Sul sediam a luta por valorização salarial e pelo IPE Saúde


O CPERS e a Frente dos Servidores(as) Públicos (FSP) seguem na estrada, alertando a sociedade sobre os prejuízos da reforma do IPE Saúde, proposta por Eduardo Leite (PSDB), e defendendo incondicionalmente salário digno para todos(as).

Nesta quinta-feira (1), foi a vez de Cachoeira do Sul, Sant’Ana do Livramento e Santa Cruz do Sul entrarem na rota da luta.

O projeto nefasto do governo de reformulação do Instituto será votado em breve pelos deputados(as) na Assembleia Legislativa.

Para expor a crueldade do governador com os educadores(as) e demais servidores(as) com a reforma da autarquia e defender a Revisão Geral dos salários, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, acompanhada da diretora, Sonia Solange Viana, e da diretora do 4° Núcleo, Dina Marilu Almeida, percorreram rádios, TVs e jornais, que abrangem a região de Cachoeira do Sul.

“Estamos percorrendo o estado, já pela segunda semana. Amanhã teremos uma plenária aqui em Cachoeira, a partir das 14h, no Auditório do Sicredi, para cerrarmos fileiras em defesa do nosso IPE Saúde. Estamos muito mobilizados e preparados para fazer a luta por reposição salarial e impedir a aprovação desse projeto”, asseverou a presidente Helenir.

Os descontos mensais dos beneficiários do IPE Saúde sofrerão um aumento significativo, representando uma ameaça iminente ao orçamento das famílias mais vulneráveis, que dependem desse serviço essencial para sobreviver.

“O congelamento salarial é o cerne do problema, levando à crise financeira que assola o Instituto. É imperativo que o governo estabeleça um diálogo franco com os trabalhadores para discutir uma revisão justa dos salários, considerando a inflação atual”, frisou o 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, em plenária que mobilizou a Câmara de Vereadores(as) de Santa Cruz do Sul.

Do CPERS, além de Alex, participaram da plenária, em Santa Cruz do Sul, as diretoras Carla Cassais e Juçara Borges, acompanhadas da diretora do 18º Núcleo, Cira Kaufmann.

A atividade também teve representações do Sindicaixa, Ugeirm, Afocefe, Sindpenn, Sindijus, entre outros.

Já em Sant’Ana do Livramento, a diretora do CPERS e representante do Sindicato no Conselho de Administração do IPE Saúde, Vera Lessês, fez uma análise técnica do PL que reestrutura o IPE Saúde e destacou que o projeto ataca diretamente os servidores(as) que recebem menos.

“A proposta do governo é excludente, pois, retira dos baixos salários e beneficia os altos salários. O governo está retirando o princípio da solidariedade do IPE Saúde, que diz que os altos salários ajudam a custear os valores dos baixos salários”, observou Vera.

“Estamos juntos com a Frente dos Servidores Públicos realizando plenárias nos quatro cantos do Estado para mobilizar o funcionalismo público. Para que no dia da votação na Assembleia Legislativa o nosso ato seja grande e forte”, sinalizou a diretora do CPERS, Sandra Régio.

A plenária em Sant’Ana do Livramento também contou com a participação da diretora do 23° Núcleo, Adriana de Leon dos Santos, além do representante da Ugeirm, Comissário Ferreira, e outros dirigentes de entidades que integram a FSP.

É hora de nos unirmos contra essa ameaça iminente e defendermos nossos direitos e a dignidade de todos(as) os educadores(as) e demais servidores(as). Contate o seu núcleo e mobilize-se para a plenária em sua região!

Saiba por que é preciso defender valorização salarial para todos(as) e o IPE Saúde

1) Nada menos que um milhão de gaúchos, o equivalente a 10% da população, estão à beira do desamparo, privados do acesso à assistência médica e hospitalar fornecida pelo IPE Saúde. Os novos custos tornarão essa situação insustentável.

2) A crescente dificuldade de lidar com as contribuições elevadas ao IPE Saúde poderá levar um número expressivo de servidores a migrarem para o já sobrecarregado SUS. Isso comprova que a desestruturação do Instituto afeta negativamente toda a sociedade, amplificando os problemas no sistema de saúde.

3) De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), diversas categorias, inclusive a educação, sofrem com perdas salariais alarmantes de 57,33%.

4) Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam que Eduardo Leite (PSDB) excluiu cruelmente 25 mil funcionários de escola do reajuste, enquanto recebem um salário base de apenas R$ 657,97. Esses educadores precisam urgentemente de um complemento para alcançar o valor do salário mínimo regional, e eles representam a esmagadora maioria, ou seja, 90% dos servidores públicos nessa condição.

5) O governador deixou quase 10 mil aposentados sem a paridade e outros servidores sem qualquer aumento sequer. É revoltante constatar que há recursos disponíveis, visto que o superávit orçamentário, as isenções fiscais bilionárias e os reajustes astronômicos dos salários mais altos são prova clara de que é possível e viável agir, desde que haja vontade política.

6) Segundo a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Cage), o governo acumula uma dívida astronômica de R$ 356,6 milhões em precatórios e RPV retidos pelo IPE Saúde. Fica evidente que a crise atual foi intencionalmente criada pelas gestões anteriores.

7) É importante lembrar que a proposta de reforma de Eduardo Leite (PSDB) revela sua verdadeira intenção: abrir as portas para a gradual privatização do IPE Saúde, prejudicando a qualidade e o acesso aos serviços do Instituto para os educadores e demais servidores.

                 

 

   

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