Auxílio emergencial de R$ 600 já: contra o caos e a fome no Brasil


Estudo divulgado pelo Dieese na última sexta-feira (19) explica, didaticamente, a importância do Auxílio Emergencial e como a redução do valor na nova fase de concessão do benefício impactará a vida dos brasileiros no pior momento da pandemia no país.

Confira a íntegra do documento aqui.

Inicialmente, o auxílio foi instituído no valor de R$ 600,00 mensais, podendo chegar a R$ 1.200,00 por família e com possibilidade de ser acessado por amplos segmentos da classe trabalhadora.

Na nova fase, a terceira com alterações nas regras de concessão, a Medida Provisória nº 1.039/2021 fixou o tempo de concessão do benefício em quatro parcelas mensais, com início em abril deste ano, reduziu o valor para R$ 250,00 e limitou ainda mais o público que terá direito ao benefício.

O novo valor proposto pelo governo sequer garante a alimentação básica da população, e agora, somente uma pessoa por família poderá recebê-lo, nas demais fases era permitido dois benefícios por família.

O valor do Auxílio diante dos preços dos alimentos

Em uma comparação, o valor do Auxílio Emergencial na primeira fase do programa foi estipulado em R$ 600,00 para, ao menos, garantir segurança alimentar aos brasileiros e brasileiras. 

Naquele período, a cesta básica nas maiores capitais do país estava acima de R$ 500,00. 

Enquanto agora, com o valor base do benefício estabelecido em R$ 250,00, a cesta básica nas maiores capitais brasileiras está acima dos R$ 600,00 – como em São Paulo (R$ 639,47), Florianópolis (R$ 639,81), Porto Alegre (R$ 632,67) e Rio de Janeiro (R$ 629,82), de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do DIEESE, em fevereiro de 2021.

Com base na mesma pesquisa, com o Auxílio Emergencial de R$ 250,00/mês, uma família composta por quatro pessoas pode comprar por dia:

Como facilmente se conclui dos dados, o novo Auxílio não terá a menor condição de garantir a segurança alimentar das famílias brasileiras. 

Este Auxílio de fome atende somente aos interesses do mercado financeiro, que avalia que o Estado não deve aplicar os recursos necessários para proteger a população, mas, sim, limitar-se a implementar reformas liberalizantes.

O CPERS defende o remanejamento do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia. 

É pela vida das famílias brasileiras que sofrem, não só com um vírus mortal que já poderia estar controlado, mas com desgovernos que priorizam os interesses neoliberais que reduzem os direitos trabalhistas e ameaçam o funcionamento dos serviços públicos.

Notícias relacionadas

Na tarde desta terça-feira (11), um desembargador do TJ/RS, protegido …

11/02/2025

Comemoração e alegria marcaram a tarde deste sábado (8) na …

10/02/2025

Nesta segunda-feira (10), o Sindicato, representado pela presidente Rosane Zan, …

Devido ao alerta emitido pela MetSul Meteorologia sobre o alto …

08/02/2025