Informação, acolhimento e troca de experiências foram os principais objetivos da palestra “Saúde da Mulher: câncer de mama e autoestima”, realizada na noite desta quarta-feira (25). O CPERS, através do Departamento de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, promoveu o encontro em parceria com o Sintrajufe/RS, o Semapi/RS e a CUT-RS.
A atividade contou com a participação da renomada educadora física e criadora do projeto Menopausa Sem Vergonha, Márcia Selister. A mediação ficou por conta da diretora da Secretaria de Saúde e Relações de Trabalho do Sintrajufe/RS, Márcia Angelita Coelho.
“É muito importante, nesse mês de outubro dedicado ao tratamento do câncer de mama, o Outubro Rosa, podermos receber a nossa palestrante para termos essa dose de autocuidado”, destacou a mediadora durante a abertura do encontro.
“Quero deixar a minha saudação pela iniciativa e pela parceria do Sintrajufe, que proporcionou esse momento. O Outubro Rosa é um mês que nos leva à reflexão. Queremos enfatizar, enquanto mulheres, a importância desse momento para debatermos temas tão importantes para a nossa categoria”, declarou a diretora do Departamento de Saúde do Trabalhador(a) do CPERS, Vera Lessês.
O encontro foi realizada presencialmente na sede do Sintrajufe/RS, em Porto Alegre, e virtualmente nas redes das entidades promotoras. Você pode conferir a íntegra abaixo.
Autoestima e saúde da mulher
Durante a palestra, além de relatos emocionantes, Márcia abordou temas como o impacto do câncer de mama na autoestima das mulheres, o papel que o autoconhecimento desempenha neste processo, a importância do apoio emocional e estratégias práticas para enfrentar esses desafios.
“O que a gente vê nas redes sociais são mulheres perfeitas e saudáveis, cheias de vida, mas sabemos que muitas vezes essa não é a realidade. Por isso o acolhimento é tão importante, pois não sabemos a realidade do outro”, ressaltou Marcia.
Márcia também destacou a importância da participação do CPERS na palestra. “Eu fiquei muito feliz quando vi que o CPERS estaria aqui hoje, pois, dos sindicatos que estão aqui presentes, vocês são o que mais tem mulheres na sua base. Mulheres essas que geralmente estão na faixa dos 35, 40 ou mais e precisam de informação e acolhimento em temas sobre a saúde”.
A importância da rede de apoio durante o tratamento
Entre os pontos debatidos na ocasião, a importância do acolhimento, seja no ambiente familiar ou profissional, se prova essencial para enfrentar os desafios.
“O mais importante é a troca, ela faz com que a gente se sinta pertencente. De tudo o que foi dito aqui, o acolhimento, ter com que falar, gritar, chorar, sem ter que pedir nada em troca, é o mais essencial”, enfatizou Márcia.
Suzana Lauermann, secretária-geral do CPERS e Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, reforçou a importância desse tema para as sindicalistas. “Ouvir todas essas falas aqui me fizeram refletir sobre muitos pontos. Nós, mulheres, que estamos na luta sindical, sabemos que o abandono é algo real. Por isso, carrego comigo o que aprendi na Marcha das Mulheres, que é o lema ‘Companheira me ajuda que eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com vocês ando melhor’”.
Ao fim do encontro, o que ficou explícito é que a luta para combater o preconceito em torno do câncer de mama e outros temas ainda tabus sobre a saúde da mulher é essencial para enfrentar os desafios. Unidas somos muito mais fortes!