Em apresentação realizada em novembro, o governo de São Paulo – do mesmo PSDB de Eduardo Leite – detalhou a proposta de mudança na carreira do magistério do estado.
De adesão voluntária, com previsão de reajuste escalonado de 54,7% até 2022, topo da carreira de R$ 10 mil e piso maior do que o teto gaúcho já a partir de 2020, o plano escancara a profundidade do arrocho que Eduardo Leite tenta impor sobre a categoria.
Observe o quadro abaixo, elaborado pelo Dieese.
Vale ressaltar, os educadores(as) paulistas estão sem reajuste há um ano e oito meses. Já os gaúchos, há cinco sem qualquer reposição do poder de compra.
Destacamos, ainda, que o Rio Grande do Sul renuncia a 23% da arrecadação potencial em isenções fiscais sem qualquer transparência, chegando a R$ 9,8 bilhões por ano. Em contraste, a renúncia de SP corresponde a 11%.
O Rio Grande do Sul é a quarta maior economia do país, mas paga o segundo pior piso para quem trabalha no chão da escola. Eduardo Leite envergonha os gaúchos e tenta acabar com a única porta possível para o desenvolvimento: educação pública, gratuita e de qualidade.
O CPERS e o conjunto das entidades representativas dos servidores defendem que esta é uma crise construída, com o único objetivo de desmontar os serviços públicos a qualquer custo, enriquecer bancos e agradar o mercado financeiro. Dinheiro tem, falta priorizar a educação.
O Dieese reuniu uma série de dados para subsidiar o debate com os deputados acerca do pacote de Eduardo Leite. Acesse a íntegra do documento aqui.