Sociedade de Pediatria do RS manifesta contrariedade às aulas presenciais no atual estágio da pandemia


Em nota divulgada nesta terça-feira (6), a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul demonstrou preocupação com a possibilidade de retorno das aulas presenciais no cenário atual de bandeira preta, classificada pelo governo do Estado.

Mesmo apresentando posição contrária no passado, a entidade emitiu alerta ressaltando que o cenário atual requer cautela e bom senso.

A entidade afirma apoiar a todos que reconhecem na escola uma atividade prioritária e que continuará na luta por este direito, mas adverte que “no momento, não devemos aumentar o risco imposto à saúde da nossa população”

“Ao longo do mês de março, as taxas de novas infecções e de internação no nosso estado saíram do controle e passamos a transitar num cenário definido por alguns como ‘transmissão descontrolada'”, argumenta a nota.

O documento alerta que a taxa de infecção atual não oferece segurança para o retorno por estar muito acima do indicado, < 10 casos / 100.000 pessoas. Em março o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 8337,6 a cada 100 mil habitantes.

“Nenhum país do mundo, que adotou política de escolas abertas durante o período de pandemia, o fez com tal cenário de transmissão”, destaca o texto. O raciocínio vai de encontro à opinião manifestada por especialistas como o médico infectologista, Alexandre Zavascki, que defende que o debate sobre o retorno seguro não pode ignorar os altíssimos níveis de transmissão da Covid-19 no estado.

No site da entidade ainda há menção quanto a necessidade de vacinação dos trabalhadores(as) da educação antes do retorno presencial acontecer. “A SPRS também manifesta preocupação com todos os professores e trabalhadores envolvidos no sistema educacional. O retorno às aulas dependerá de condições que assegurem a proteção a esses trabalhadores, tanto na rede privada como na pública”.

Assim como o apresentado pela Sociedade de Pediatria, o CPERS acredita que um retorno seguro só acontecerá quando todos se sentirem seguros. No momento, as altas taxas de ocupação de leitos de UTI, a lentidão no processo de vacinação devido à incompetência dos governos e a alta taxa de transmissão, não oferecem um cenário seguro para tal. 

#EscolasFechadasVidasPreservadas

Confira a íntegra da nota abaixo:

Imagem destaque: Pilar Olivares | REUTERS

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