Nesta sexta-feira (22), foi a vez dos Núcleos de Porto Alegre, São Leopoldo, Caxias do Sul, Passo Fundo e Santa Rosa receberem a Caravana do CPERS. Em todas os municípios, foram realizadas plenárias que reuniram educadores, pais, estudantes e a comunidade escolar para fazer um amplo debate sobre o descaso do governo Sartori com os educadores e a educação pública. Em todos os Núcleos, os educadores reafirmaram a Greve da categoria, que iniciou no dia 5 de agosto, já está com mais de 70% de adesão em todo Rio Grande do Sul e segue crescendo.
Durante as plenárias, professores e funcionários de escola ressaltaram o desrespeito do governo, que já parcelou o salário dos educadores e demais servidores por 21 vezes. O 13º também está sendo pago de forma parcelada. Arrocho salarial, defasagem do Piso do Magistério que já chega a 82,42%, enturmações, fechamento de mais de 2 mil turmas, falta de professores e funcionários em várias escolas, precarização e sucateamento da educação, insegurança e terrorismo com a categoria integraram a extensa lista de arbitrariedades do governo.
Em Passo Fundo, a plenária foi realizada na Câmara de Vereadores da cidade. Em sua fala, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que a categoria está dando exemplo de resistência. “Nossa greve tem nos enchido de orgulho. Há cidades em que já chegamos a 80% de adesão e outras em que todas as escolas estão paradas”, relatou.
Helenir lembrou ao público sobre a última mesa de negociação realizada com o governo. Na ocasião, o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, falou para o Comando de Greve que não se surpreendessem se ao final deste mês a categoria receber menos que R$ 350,00. “Imediatamente, respondi que eles não fiquem surpresos se não encerramos o ano letivo. Nossa greve continuará forte até que os parcelamentos dos nossos salários encerrem”, afirmou.
Durante a plenária, a presidente do Sindicato, alertou sobre denúncias que recebeu a respeito de direções de escola. “Tem diretores que estão dando o número do telefone particular dos educadores para os pais ligarem e pressionaram. Eles não podem fazer isso. É ilegal e uma vergonha, pois ao invés de estar ao lado da luta da categoria, defendem os que nos oprimem. Vamos começar a discutir que tipo de direção queremos em nossas escolas”, alertou.
A plenária contou também com a presença de representantes de outras categorias como bancários, comerciários, da saúde e dos Correios. Após o debate, os educadores tomaram as ruas centrais da cidade para denunciar o desrespeito do governo. Durante o trajeto, os professores e funcionários de escola foram até a 7ª CRE, onde deixaram adesivos da greve que formaram o número 21, referente as vezes em que Sartori parcelou os salários da categoria
Na manhã desta sexta-feira (22), os Núcleos 38º e 39º realizaram Plenária na Igreja da Pompéia em Porto Alegre. Professores e funcionários de escola mostraram a força da Greve com a plenária lotada. Entre muitos assuntos abordados durante o encontro. Os educadores ressaltaram a força da greve em todo o Estado e a importância da participação de professores, funcionários de escola, estudantes e a comunidade escolar na Assembleia Geral de Mobilização no dia 29, às 8h30 no Gigantinho.
Em São Leopoldo a Plenária de Mobilização ocorreu no Colégio São Luiz. A mobilização teve a participação de educadores, estudantes e a comunidade escolar. Logo depois os participantes saíram em caminhada até a 2ª Coordenadoria Regional de Educação da cidade, para denunciar os parcelamentos de salários, 13º, tentativas de retirada de direitos e o caos na educação pública gaúcha provocada pelo governo Sartori.
No 1º Núcleo – Caxias, educadores lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos. Durante a plenária foram debatidos os ataques do governo Sartori aos educadores e a educação gaúcha. Logo após, saíram em caminhada até Praça Dante Alighieri, onde ocorreu Ato Unificado com os servidores dos Correios que também estão em greve. Estudantes e a comunidade escolar também participaram da mobilização.
O encontro dos educadores no 10º Núcleo – Santa Rosa aconteceu, às 14h no Salão Paroquial da Igreja Sagrado Coração de Jesus. Durante a Plenária educadores expuseram a indignação contra o governo Sartori, governo neoliberal que aplica as políticas do Estado mínimo no Rio Grande do Sul. Com bandeiras, cartazes, panfletos os educadores saíram às ruas até a Praça das Bandeiras denunciando o governo torturador de Sartori.
Apoio da população em todo o Estado
Em apenas dois dias de realização, a Caravana do CPERS reuniu milhares de educadores e teve o importante e fundamental apoio da comunidade escolar, estudantes, pais e população. Pelas ruas do Rio Grande do Sul, aplausos e palavras de apoio demonstravam que o povo gaúcho é solidário a luta da categoria.
A Caravana cumpriu sua primeira etapa, mas não irá parar. “Em breve, estaremos na estrada novamente. Não daremos sossego a este governo, até que ele respeite os educadores. Não recuaremos da luta enquanto o parcelamento dos nossos salários não cessar”, afirma a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
No dia 29, às 8h30, ocorre a Assembleia de Mobilização do CPERS para fortalecer ainda mais a paralisação dos educadores. Logo após, a categoria segue em caminhada até Largo Glênio Perez onde ocorrerá o Ato Unificados dos Servidores Públicos.
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