Após pressionar pela abertura de uma mesa de negociação, a Direção Central do CPERS reuniu-se, nesta quinta-feira (5), com o 1º escalão do governo para tratar da necessária e urgente reposição salarial da categoria.
A audiência foi o ponto de partida para uma série de encontros agendados para as próximas semanas a fim de discutir a pauta, além de debater questões como os descontos da greve e do vale-transporte.
“Após essas reuniões, o governador deverá receber o CPERS”, afirmou o secretário chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que também foi enfático ao afirmar: “o regime de recuperação fiscal não impede o reajuste.”
Há sete anos, os educadores gaúchos amargam as consequências do salário congelado, além da perda de direitos, redução de adicionais, descontos, atrasos e parcelamentos.
Eduardo Leite (PSDB) não recebe o Sindicato pessoalmente desde a apresentação das reformas que atacaram duramente a categoria e resultaram em uma das maiores greves da história da rede estadual.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou as dificuldades financeiras enfrentadas por professores e funcionários de escola, além da perda de direitos.
“Apresentamos a situação extremamente preocupante da nossa categoria. Sem nada de aumento há tantos anos, muitos dependem da ajuda de outras pessoas. Não dá mais para esperar. É preciso que o governo valorize na prática os trabalhadores da educação.”
Além de Lemos, participaram da audiência o chefe de gabinete do governador, Marcelo Alves; a secretária de Educação, Raquel Teixeira; o procurador-geral do Estado,Eduardo Cunha da Costa, o subsecretário do Tesouro do Estado, Bruno Jatene e o subsecretário de Planejamento, Antonio Cargnin.
A Direção Central do CPERS foi representada pela presidente Helenir Aguiar Schürer, pelo vice-presidente, Alex Santos Saratt, pelo segundo vice-presidente, Edson Garcia e pelos diretores Alda Bastos Souza e Cássio Ritter.
Em campanha salarial, o Sindicato tem elevado o tom a respeito da pauta em defesa da categoria, que amarga sete anos de salários congelados, direitos retirados, adicionais reduzidos, descontos e perdas diversas.
A pressão aumenta à medida em que se aproxima o prazo regimental da Assembleia Legislativa para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA): 15 de setembro. A expectativa é incluir a reposição na previsão orçamentária.
No próximo dia 13 de agosto, educadores e educadoras de todo o estado desembarcam em Porto Alegre para um ato na Praça da Matriz. Neste dia, o Sindicato entregará ao governo e aos deputados as moções de apoio à reposição aprovadas em centenas de municípios gaúchos.
Próximas reuniões:
10/08
9h: reunião com deputado Gabriel Souza, presidente do Legislativo
10h30: reunião com a secretária de Educação, Raquel Teixeira
11/08
10h: reunião com Secretaria da Fazenda
13/08
À tarde: reunião com Casa Civil