O CPERS se solidariza à vice-diretora da EEEF Brigadeiro Silva Paes, agredida nesta quinta-feira (4) por uma mãe, e a toda a comunidade escolar. Informamos que o Sindicato está à disposição para prestar todo o auxílio necessário, incluindo assistência jurídica à vítima.
Registramos, também, que a presença da Brigada Militar no entorno das escolas deveria se dar com mais frequência, e não somente após fatos lamentáveis como este.
Esta é mais uma manifestação da onda de violência que vem transformando o ofício de educar em uma profissão de risco. A hostilidade que se concretiza pela via física é apenas o elo mais visível de uma longa cadeia de descaso.
O desrespeito começa por um Estado que atrasa salários por 40 meses e ignora a lei com a conivência do judiciário, e passa por representantes eleitos Brasil afora que têm o pânico moral como plataforma política, incentivando a perseguição e o denuncismo em sala de aula.
É uma narrativa que repercute em parcelas da sociedade e leva à reprodução do desrespeito e da violência de diferentes maneiras; física, verbalmente ou apenas lavando as mãos diante da brutalidade sistêmica contra professores(as) e funcionários(as).
É um ciclo vicioso que tende a se agravar com o mau exemplo de governantes que cultuam a violência e naturalizam a agressão como forma de resolver conflitos.
Vivemos um impasse civilizatório. É a escola pública que forma a imensa maioria da população para viver, sonhar e construir, literalmente, o futuro do país. Ou a sociedade une forças em defesa da escola pública, ou retrocederemos muito rapidamente à barbárie.
Ninguém solta a mão do(a) educador(a). Quando nós cairmos, caem todos(as).