Não à Reforma Administrativa: no dia nacional em defesa do serviço público, servidores protestam em frente ao HPS


Na manhã desta quarta-feira (30), o CPERS e mais de entidades que compõem a Frente de Servidores Públicos (FSP/RS) mobilizaram-se em defesa da vida, da educação e dos serviços públicos.

Mesmo com a forte chuva registrada na capital, os servidores(as) protestaram às portas do Hospital de Pronto Socorro, em ato que integra o Dia Nacional em Defesa do Serviço Público.

O foco da mobilização foi expor a falácia da Reforma Administrativa de Bolsonaro e Guedes, que ao invés de combater privilégios, combate o trabalhador.

A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que derrotar o projeto é defender os serviços públicos.

“A Reforma Administrativa não é só contra o servidor, mas sim contra a população que vai ficar sem os serviços básicos como a saúde, a educação e a segurança. Por isso estamos aqui, para dizer Fora Bolsonaro e toda a sua política de desmonte do estado”.

Para o presidente do SIMPE-RS, Jodar Pedroso Prates, é preciso mudar a imagem construída pela mídia a respeito dos servidores públicos.

“Não estamos aqui para defender privilégios, até porque 50% dos servidores públicos do Brasil recebem no máximo quatro salários mínimos, por isso é uma falácia quando a imprensa e o governo falam que nós somos privilegiados. Estamos aqui em defesa da sociedade e do bem-estar social. Porque somente a estabilidade nos protege da corrupção e da perseguição politica”.

Segundo Fabiano Zalazar, coordenador geral do Sindjus, o HPS foi escolhido representar um marco dos serviços públicos na capital gaúcha.

“Escolhemos o HPS para mostrar para a população que está aqui, usando o serviço público de saúde, que o genocida do Bolsonaro faz questão de negligenciar esse serviço. Não vamos permitir que o Brasil se transforme em um imenso laranjal. A estabilidade é a garantia da prestação de serviço adequado e justo, sobretudo para a população que mais necessita”.

A secretaria de assuntos de aposentadoria e pensão do Sintrajufe, Arlene Barcellos, salienta que a culpa da tão divulgada crise nacional não é dos servidores.

“Aprovar essa reforma significa entregar o nosso serviço público para a iniciativa privada, ou seja, para a privatização. Eles colocam a culpa no servidor público e dizem que vão acabar com os privilégios, mas vão é acabar com o serviço público”.

“A nossa luta é das mais difíceis, mas precisamos resistir. Não é possível que a população brasileira assista isso sem que se manifeste. Precisamos contagiar a população e os servidores porque essa luta é muita maior do que o serviço publico é de todos”, frisou Érico Roni Corrêa, presidente do Sindicaixa.

A secretária geral adjunta do Sindiserf, Eleandra da Silva Koch, ressaltou que a retirada de direitos é o objetivo dos governos neoliberais.

“O que seria da população brasileira sem o SUS? Nós queremos dizer em alto e bom som, essa não é uma reforma. É o fim do serviço público. O projeto do governo Bolsonoro é o estado mínimo para os trabalhadores e para o povo. O serviço público é a nova mercadoria do neoliberalismo, por isso nós lutaremos e não aceitaremos essa reforma administrativa”.

Thiago Manfroi de Oliveira, representando o Sindisprev, ainda lembrou: “É época de eleição e é nas câmaras municipais e nas prefeituras que tudo começa. Colegas, não elejamos e façamos campanha contra quem quer desmontar o serviço publico brasileiro”.

Ao fim do ato, os servidores deixaram a sua mensagem, com cantos de “Fora Bolsonaro” a Frente de Servidores Públicos diz não ao fim dos serviços públicos, não à reforma administrativa.

Também marcaram presença no ato a secretária-geral do CPERS, Candida Rossetto, a diretora do Departamento de Educação, Rozane Zan e a diretora do Departamento Administrativo, Sandra Regio.

Entidades presentes:

Afocefe
Aspge/RS
Asserlegis
Assibge
Assufrgs
Cpers
CTB/RS
CUT/RS
Fenajud
Intersindical
Senergisul
Simpa
Simpe
Sindicaixa
Sindiserf
Sindispge
Sindisprev
Sindjus
Sindoif
Sindpers
Sindsepers
Sintergs
Sintrajufe

Notícias relacionadas