Nesta quinta-feira, dia 31, a Direção Central do CPERS e dezenas de educadores dos Núcleos do Sindicato participaram do Dia nacional de Mobilização, organizado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Cerca de 70 mil de trabalhadores de diversas entidades e a população gaúcha concentraram-se, às 17h na Esquina Democrática em Porto Alegre, em defesa da democracia, dos direitos sociais, contra o ajuste fiscal e a reforma da previdência.
A mobilização contou com a presença dirigentes dos movimentos sociais, partidários, sindicais, estudantis, que denunciaram o período crítico na política por qual passa o Brasil.
Durante o manifesto a Sineta especial que destaca a história da luta pela Democracia foi entregue para a sociedade.
Todos unidos em defesa da Democracia e os Direitos dos Trabalhadores
Durante as declarações dos representantes das entidades no carro de som, as falas unificavam-se, comprovando que as mobilizações em favor da democracia que estão acontecendo pelo mundo todo não estão somente ligadas ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim os direitos trabalhistas, o retrocesso das conquistas, além do extermínio de programas sociais que ajudaram a mudar o Brasil.
“A data de hoje é muito importante, não só pelos 52 anos da ditadura militar, mas por que estamos indo às ruas de forma organizada para defender nossos direitos. Vamos mostrar que a saída não é o impeachment, a saída é colocarmos novamente os direitos dos trabalhadores em pauta em nosso pais”, representante do Movimento das Mulheres, Rejane Artz.
“Este momento é muito especial, onde estamos todos juntos defendendo a democracia. Temos que nos multiplicar em defesa dos nossos direitos. Estamos na luta para defender o Prouni, Universidades Públicas, Programa Mais Médicos. Os golpistas querem acabar com tudo que conquistamos, retirar nossos direitos. E nós não permitiremos. Viva à democracia e boa luta para nós”, dirigente do Movimento Sem Terra – MST, Emerson Giacomelli.
“Há 52 anos atrás vivemos um golpe militar, e muitas companheiros morreram, mas eles seguem vivos cada vez que saímos às ruas para lutar pela democracia e pelos nossos direitos. Nós estudantes honraremos a luta daqueles que tombaram na ditadura militar. A nossa unidade é pelo Brasil e por todos brasileiros”, representante da União Nacional dos Estudantes – UNE, Giovani Oliveira.
“Mais uma vez estamos nas ruas, para mostrar que nós trabalhadores não vamos aceitar retrocessos. Não vamos aceitar a desconstrução de um pais democrático. A sociedade brasileira não vai aceitar retrocesso político e social. Vamos unir a população em defesa da democracia. Boa luta”, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/RS, Guio- mar Vidor.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT/RS, Claudir Nespolo, denunciou que o golpe tem sua organização a partir dos Estados Unidos e querem retomar a dominação e exploração das riquezas da América Latina. Relatou também que o juiz, Sérgio Moro foi treinado nos EUA para destruir a economia do Brasil.
Por volta das 20h os manifestantes com bandeiras, cartazes e faixas seguiram em caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares. Durante o trajeto os trabalhadores em uma só voz reivindicaram por democracia, com palavras de ordem.
O encerramento do ato foi no Largo Zumbi dos Palmares com apresentação de artistas que fazem parte do Grupo Cultural do Rio Grande do Sul.
Aproximadamente 30 mil manifestantes reuniram-se pelo interior do Estado nas cidades de Erechim, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Três Passos, Santo Ângelo, São Borja, São Luiz Gonzaga e Canoas.
Educadores participam do ato em Brasília
Centenas de educadores dos 42 Núcleos do CPERS, uniram forças, hoje aos demais trabalhadores em Brasília, na Marcha dos 100 Mil. A concentração ocorreu às 14hs no Estádio Mané Garrincha, logo após, os trabalhadores seguiram em Marcha até o Congresso Nacional, onde houve ato político cultural.
O mobilização reuniu cerca de 100 mil trabalhadores de vários Estados do Brasil.
A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo contabilizam atos em pelo menos 25 Estados, além de manifestações no Exterior, em países como Alemanha, Argentina, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Portugal e Uruguai.
Brasília