Na primeira audiência com a Mesa de Negociação do governo, realizada na manhã de hoje, não houve a apresentação de nenhuma proposta para as reivindicações expostas pelo CPERS desde o início do atual governo. Os secretários da Educação e da Fazenda, Vieira da Cunha e Giovani Feltes, o Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, e o secretário geral do governo, Carlos Búrigo, realizaram apenas a apresentação dos componentes da Mesa e tentaram justificar a falta de investimentos com o suposto déficit financeiro do Rio Grande do Sul. Diante da falta de propostas, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que a partir de agora a mobilização da categoria será fortalecida.
“Não houve nenhuma negociação. Foi apenas uma Mesa de apresentação. Nosso papel é o de lutar pelos direitos e avanços da nossa categoria. Vamos continuar a nossa mobilização, que será cada vez mais forte”, afirmou Helenir, destacando que o CPERS só irá reunir-se novamente com o governo se for para ouvir propostas concretas para o pagamento dos 13,01% de reajuste, fixados em janeiro, e dos 34,67% que ficaram do governo anterior. “Isso é a dívida do governo conosco, não um reajuste de salários,”, observou.
Diante do questionamento do CPERS quanto a falta de propostas, Biolchi ponderou que é necessário um tempo para que o governo discuta a viabilidade de atender as questões apresentadas pelo CPERS. “Teremos que fazer as ponderações necessárias e apresentar as conclusões que teremos. A Mesa de Negociação de hoje tem esse significado. Hoje, se fosse dar uma resposta precoce seria a de que não temos condições financeiras de pagar o que nos pedem. Mas não queremos isso. Vamos tentar avançar”, afirmou.
“Nós também vivemos uma crise absurda. Atualmente, recebemos 48% do que deveríamos receber. Precisamos saber, por exemplo, qual o projeto do governo para atacar a sonegação fiscal. Isso é fechar torneiras para ter recursos para o Estado. Nós não temos mais como apertar o cinto. A educação precisa ser prioridade para o governo”, ressaltou Helenir.
O CPERS já está organizando uma Caravana que irá percorrer as escolas do Estado para dialogar com a base da categoria e denunciar o descaso do governo com os educadores. “Não faremos greve de vanguarda. Essa é nossa responsabilidade. Se a greve ocorrer, ela irá nascer do chão da escola, da base da nossa categoria”, destacou Helenir.
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