Greve Geral: Trabalhadores vão às ruas dizer não às reformas de Temer


Nesta sexta-feira (30), dia da Greve Geral, milhares de trabalhadores saíram às ruas contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a lei da terceirização, do presidente ilegítimo, Michel Temer (PMDB). Em Porto Alegre, as manifestações iniciaram na madrugada com representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e sindicatos realizando piquetes em frente às garagens de ônibus e no Trensurb.
A Brigada Militar reprimiu os piquetes nas garagens de empresas de ônibus, jogando bombas de gás contra os manifestantes para forçar a circulação dos ônibus, na capital, com o objetivo de impedir a adesão dos trabalhadores à greve geral.
Por volta das 12h, representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e sindicatos reuniram-se no Lago Glênio Peres. Durante a mobilização, sindicalistas, estudantes, servidores e demais trabalhadores denunciaram os ataques do presidente ilegítimo Michel Temer, que tenta colocar em prática as reformas Trabalhista e da Previdência, as quais visam retirar direitos históricos dos trabalhadores.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou a unidades da luta e a resistência dos educadores e demais trabalhadores contra as reformas.  “Temos que lutar contra o desmonte da democracia. O grande desafio é levar formação ao povo para que saibam que o que está em risco é muito sério. São os nossos direitos, tão duramente conquistados”, destacou.
Os manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini. Uma comissão foi recebida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio de Oliveira Branco, para exigir a soltura do professor Altemir Cozer, prezo pela manhã durante a participação na mobilização no piquete na Carris, zona leste de Porto Alegre. O secretário se comprometeu em reiterar -se do assunto e tomar providências.

Manifestos ocorreram em todo o Brasil
Atendendo o orientação do CPERS, diversas escolas  no  Rio Grande do Sul não abriram suas portas. Pelo Estado também ocorreram diversos atos locais, todos eles com a unidade dos trabalhadores em defesa dos direitos que estão sendo ameaçados constantemente pelos governos Michel Temer e José Ivo Sartori.
Os trabalhadores das principais capitais do Brasil também aderiram à Greve Geral. Em São Paulo, houve trancamento de vias e paralisação de dois dos principais aeroportos do país: Congonhas, na capital paulista, e Cumbica, em Guarulhos. A Frente Povo Sem Medo organizou protestos nos dois terminais, por volta das 6h, travando a Rodovia Hélio Schimdt, que dá acesso a Cumbica, e ocupando o saguão de Congonhas.
No Rio de Janeiro, houve diversos bloqueios em rodovias. A BR-101 tinha dois bloqueios. Em um deles, no quilômetro 484, em Angra dos Reis, por volta das 5h30. Um protesto na altura do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) provocou a paralisação da Ponte Rio-Niterói (BR-101). Na Avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, uma faixa foi ocupada.
Em Brasília, lojas e bancos permaneceram fechados, escolas vazias e até mesmo locais que diariamente costumam ser corredores de passagem de transeuntes, como a rodoviária, ficaram com movimentação nitidamente reduzida, num dia atípico. Todas as empresas de ônibus do Distrito Federal mantiveram seus ônibus nas garagens, assim como o metrô, que não rodou trem algum, o que contribuiu para a paralisação das atividades.

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