Faltam educadores(as) em pelo menos 54 escolas de Caxias e região


Ao menos 54 escolas da região de abrangência do 1º Núcleo (Caxias do Sul) estão com turmas prejudicadas e atendimento precarizado pela falta de professores(as) e funcionários(as). A situação regional reflete a realidade de toda a rede estadual, que sofre com a falta de planejamento e medidas arbitrárias adotadas pela Seduc no início do ano letivo.

Somente em Caxias, 45 das 51 escolas – o equivalente a 90% da rede – têm quadros incompletos. O diretor-geral do núcleo, David Orsi Carnizella, relata que 2019 foi o início de ano letivo mais conturbado dos últimos tempos. “Há um enxugamento na rede estadual de ensino, com fechamento de turmas e redução na convocação de professores para os quadros docentes, mesmo em instituições que apresentam demanda de matrícula”, diz Carnizella.

Na escola de Educação Especial João Prata Vieira, a carência de recursos humanos afeta também estudantes com deficiências e necessidades especiais. Faltam três professores(as) – somando 80 horas aula a menos -, um(as) profissional de libras, um(a) merendeira e um(a) servente.

O quadro deixa a escola sem condições de atender a demanda e com uma lista de espera para o ingresso de novos estudantes. Segundo a diretora, Jucelia Campos Schisini, as particularidades dos(as) alunos(as) especiais exigem turmas com no máximo dez estudantes, mas a falta de educadores(as) leva a turmas superlotadas e remanejamentos que dificultam o aprendizado.

“Esta realidade prejudica muito o aluno especial. Ele não estará na sua turma específica e não receberá a atenção especial necessária. Há, ainda, mais um agravante. Quando o professor novo for nomeado, o aluno já terá se acostumado com a professora da turma onde foi encaixado. A troca pode atrapalhar emocionalmente este estudante. Como escola, ficamos numa situação difícil”, relata Jucelia.

O CPERS tem realizado levantamentos em todos os núcleos e cobrado soluções da Seduc. Nesta terça (2), a direção do Sindicato reiterou a situação preocupante e o quadro caótico da rede escolar ao diretor-geral da pasta, Paulo Magalhães.

 

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