Em Assembleia Popular, CPERS une a força dos educadores, dos estudantes e da comunidade escolar


A Casa do Gaúcho ficou pequena para abrigar os milhares de professores (as), funcionários (as) de escola, estudantes e pais que participaram da Assembleia Geral Popular de Mobilização organizada pelo CPERS na tarde desta sexta-feira (18). A iniciativa teve como objetivo alertar a toda a comunidade escolar sobre as consequências dos ataques dos governos Sartorie Temer aos educadores e à educação pública e unir forças para fazer a resistência necessária.
A iniciativa trouxe para o debate, que ocorreu até o final da tarde, os seguintes eixos: a urgência do pagamento da reposição salarial aos educadores, que já chega a 22,73%, o pagamento do Piso Salarial Nacional, a defesa da educação pública, o repúdio à municipalização e à terceirização pretendida por Sartori, a defesa da Gestão Democrática nas escolas e a defesa intransigente da democracia.
Na abertura da Assembleia, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, alertou a todos que somente com a forte união dos educadores, dos estudantes, da comunidade escolar e dos demais trabalhadores será possível barrar os ataques dos governos Sartori e Temer, ambos do MDB. “Os ataques à classe trabalhadora não serão vencidos com a nossa categoria sozinha. De mãos dadas com nossos estudantes, suas famílias e toda a comunidade teremos muito mais força. Estamos defendendo o futuro dos filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras deste Estado para que tenham um trabalho digno e seus direitos respeitados”, afirmou.
Helenir também comunicou que hoje pela manhã, durante o Conselho Geral do sindicato, foi aprovado um intenso calendário de mobilizações pelo Estado. “Faremos uma caravana que passará por diversas regiões do Estado denunciando os ataques dos governos estadual e federal a toda a população”, afirmou.
A Assembleia Popular teve também a participação de representantes de outras categorias dos servidores públicos gaúchos, o presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT, Claudir Nespolo, e das estatais, Sulgás e CEEE, ameaçadas de extinção por Sartori.
A Assembleia Popular aprovou uma Carta Aberta ao povo gaúcho abordando as seguintes eixos: defesa intransigente do Estado Público – educação é direito, não é mercadoria; contra a precarização do trabalho, contra a terceirização; derrotar a Reforma do Ensino Médio do governo Temer; contra a lei da mordaça; em defesa da gestão democrática das escolas, onde a comunidade escolar é quem escolhe as direções com autonomia pedagógica e financeira; defesa intransigente da democracia e contra o desmonte do Estado, via privatizações.
Após o término da Assembleia o diretor do Departamento da Juventude do CPERS, Daniel Damiani, realizou uma roda de conversa com os estudantes, sobre a importância deles na luta em defesa da Educação Pública.

Estudantes e pais em defesa da educação pública
Ana Laura Juk, aluna da escola Padre Réus destacou a importância da unidade entre educadores e estudantes para defender a escola pública. “Fico muito feliz em estar aqui junto a tantos professores na luta pela educação. Precisamos estar unidos para defender a nossa escola e o que esperamos para a educação pública. Não podemos nos calar diante da precariedade do fechamento de escolas e turmas por todo o estado, da falta de professores, da precariedade das instituições, da desvalorização dos educadores e da lei da mordaça. Precisamos refletir de onde vem toda essa política. Ela vem de um sistema onde a prioridade é o lucro e não o bem estar dos estudantes”, concluiu.
“Acreditamos que os estudantes têm que estar na linha de frente para enfrentar este governo e impedir os retrocessos avancem. O CPERS é um grande sindicato pelo qual temos grande respeito, pois lutam incansavelmente pelos direitos dos educadores e dos estudantes. Estamos lado a lado com vocês”, disse o estudante da escola Padre Réus e integrante do movimento estudantil Enfrenta, Ezequiel Maciel.
“Temos que lutar e ocupar todos os espaços para demonstrar que não permitiremos que os ataques contra os direitos dos educadores e dos estudantes continuem. Juntos vamos dar um basta”, disse  o estudante do Colégio Tancredo Neves, de Santa Maria, Luciano Becher.
“Toda a semana, eu e outros pais e estudantes nos reunimos na escola Alberto Bins, fechada pelo governo, para organizarmos atividades culturais para a comunidade. Estamos lutando para que esta escola reabra, mas também para que nenhuma outra feche. Me sinto fortalecida hoje aqui, com todos vocês”, disse a mãe e tia de estudantes da escola Costa e Silva, Vera Ferreira.
“Não poderíamos estar em outro lugar se não aqui hoje nos colocando à disposição do magistério gaúcho para as próximas lutas”, frisou o presidente da CUT, Claudir Nespolo.

 

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