Em Assembleia Popular comunidade escolar reforça apoio à Greve dos educadores


Às portas do Piratini, centenas de estudantes, pais, mães e demais representantes da comunidade escolar reafirmam seu apoio à Greve dos educadores, durante a Assembleia Popular realizada pelo CPERS, nesta terça-feira (03), na Praça da Matriz, em Porto Alegre.

“Sim, eu vou ser professor e com muito orgulho. Quero um futuro digno e o respeito aos meus professores. Por isso, estou aqui hoje com meus colegas. O que seria da sociedade sem os professores? Pensem nisso e valorizem esta categoria”, declarou o estudante João Gabriel da Luz de Almeida, do Instituto Estadual de Educação Marcílio Dias, do município de Torres.

“Meus professores me ensinaram muito e sem eles eu nem entenderia o que está acontecendo em nosso Estado. Sou muito grato a eles. Este governo precisa entender que educação não é despesa, é investimento”, observou o estudante Gabriel Varela de Oliveira.

A professora Ana Paula Troleis Loitzenbauer, fez questão de participar da Assembleia com seu marido César Augusto, também professor, e o filho Murilo, de 9 anos. “Meu filho fez aniversário recentemente e não tivemos como comemorar. Este mês eu ainda não recebi nada. Estamos, eu e meu marido, acumulando juros e mais juros no banco. A situação está cada vez mais difícil”, disse.

O funcionário de escola, Paulo Riberto Santos Silva, viajou de Tupanciretã a Porto Alegre para apoiar a Greve. “Estou aqui hoje como educador e pai de aluna. Este governo não tem noção da nossa força e já demonstrou, com suas ameaças, que está desesperado. Vamos permanecer fortes. Não vamos aceitar as imposições deste governo autoritário”, afirmou.

“Eu sou mãe de aluno e me solidarizo à luta dos professores. É muito triste ter que fazer manifestação para receber o salário em dia. Toda a nossa comunidade está revoltada com o descaso do governo”, relatou Raquel de Oliveira Oldani, de Tramandaí.

Durante toda a Assembleia Popular, inúmeros estudantes, pais, funcionários e professores apresentaram paródias e músicas que exigiam do governo o respeito aos direitos dos educadores. Um exemplo foi a paródia Sartorito, apresentada pelos irmãos Andressa e Alexandre Pedroso Lemos. “Nossa mãe sempre nos ensinou a lutar pelo que é justo, pelos nossos direitos. Por isso, estamos aqui hoje e viremos sempre que for necessário defender os educadores”, afirmaram.

 

Fotos: Carol Ferraz

 

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