Educadores e comunidade escolar cobram manutenção e não fechamento da Escola Dr. José Carlos Ferreira, de Porto Alegre


Enquanto Eduardo Leite (PSDB) vende para a sociedade que a educação é prioridade em seu governo, a realidade segue provando o oposto. Na manhã desta terça-feira (11), educadores(as), responsáveis e alunos(as) da EEEF Dr. José Carlos Ferreira, localizada no bairro Partenon, em Porto Alegre, reuniram-se em frente à escola para cobrar explicações sobre o repentino fechamento da instituição.

Na última semana, após anos cobrando reparos em problemas estruturais graves, a escola recebeu um laudo técnico apontando perigo de desabamento e, hoje, foi realizada a total interdição do prédio.

Como de praxe, sem qualquer debate com a comunidade escolar, foi informado que os cerca de 150 estudantes serão rematriculados em outras escolas e a mesma será extinta. 

Durante a ação, foi formada uma comissão de educadores(as), pais, estudantes e o CPERS, que se dirigiram até a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, para apresentar as demandas da comunidade à Comissão de Educação da ALRGS, que estava reunida no momento.

Por intermédio do Sindicato, com representação da diretora do 39º Núcleo (Porto Alegre), Neiva Lazzarotto, a deputada Sofia Cavedon (PT), presidente da Comissão, recebeu os representantes da EEEF Dr. José Carlos Ferreira para que relatassem a situação.

O CPERS, representado pelo 1º vice-presidente do Sindicato, Alex Saratt, acompanhou a manifestação e a reunião na ALRS. “A Seduc e a 1ª CRE ignoram os mais de 60 anos de história da escola e simplesmente fecham a instituição e jogam os alunos para outras escolas que ficam longe das suas casas. A Seduc e a CRE desrespeitam também toda uma tradição e relação que a comunidade e os moradores do bairro têm com a escola”, destaca.

“Tem uma placa na frente da escola, desde 2010, sobre uma verba para obra. Eu estudei ali já tem 23 anos e a estrutura continua a mesma. As condições são péssimas, mas eu não acho que seja um caso de derrubar a escola, mas, sim, de fazer a manutenção e reforma”, afirma Marla Vaniel, ex-estudante e mãe de uma aluna da 3ª série do Ensino Fundamental.

A comunidade segue mobilizada para que o governo cumpra com a sua obrigação, a de garantir acesso à educação aos moradores do entorno da escola, e que os alunos(as) voltem ao seu prédio de origem após a conclusão das necessárias obras. 

O abaixo-assinado, criado pela professora Lisandra com o objetivo de obter apoio e pressionar o governo Leite para reverter a decisão, já conta com mais de mil assinaturas e logo será entregue ao Ministério Público. Clique aqui para assinar! 

Na próxima segunda-feira (17), às 16h, a comunidade escolar, educadores(as), CPERS e a deputada Sofia Cavedon, se reunirão com representantes da 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para debater o assunto.

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