Educadores de São Leopoldo exigem calendário de vacinação e testagem em massa 


Após confirmar contaminação de educadores(as) por Covid-19 em duas escolas de Portão, dirigentes do CPERS, demais trabalhadores(as) da educação e alunos de São Leopoldo foram até a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), na tarde desta quinta-feira (6), para reivindicar calendário de vacinação e testagem em massa.

Considerando os índices críticos de contaminação e óbitos por coronavírus na região, educadores(as) entregaram um ofício para a Coordenadoria exigindo a urgência na realização de testes em professores(as), funcionários(as) e estudantes. 

“Não temos um calendário de vacinação, nem EPIs de qualidade e testagem em massa. Estamos aqui para exigir que toda a comunidade escolar possa voltar com segurança”, expôs o diretor do CPERS, Cássio Ritter.

Para Luiz Henrique Becker, diretor do 14º Núcleo do Sindicato, há uma preocupação muito grande da categoria quanto à falta de segurança sanitária com o retorno das atividades.

“A testagem é uma forma de monitorar a propagação dos vírus e isolar os casos positivados em escolas. Nesse processo que o judiciário autoriza a volta, precisamos do máximo de segurança para os educadores e toda a comunidade escolar”, explicou.

“Como posso entrar em uma sala, mesmo com 15 alunos, sabendo que meu colega pode estar com covid? Só quero voltar com as aulas presenciais se houver vacina e testagem em massa”, desabafou Eduarda Duprat, aluna da EEEM Villa Lobos.

O professor do IEE Prof. Pedro Schneider e da EEEM Olindo Flores da Silva, Diego Pacheco, expressou preocupação com a volta às aulas presenciais.

“Em Esteio, em um período de 20 dias, apenas com os plantões presenciais, sem receber alunos, dois colegas se contaminaram e foram a óbito, o que vai acontecer nesse momento difícil se as escolas retornarem com os alunos? Temos que ampliar esse diálogo para garantir segurança sanitária para toda a comunidade escolar”.

“As nossas escolas não estão preparadas para receber os alunos. De maneira nenhuma as escolas devem estar abertas. O mais importante, nesse momento, é a vida”, disse a professora aposentada Márcia Fernandes.

O que disse a CRE

Conforme a coordenadora da 2ª CRE, Ileane Bravo, a orientação é que as escolas não tenham turmas com muitos alunos(as) para garantir o mínimo de segurança à comunidade.

“O que peço aos diretores é bastante consenso; não temos necessidade de encher salas de aula. Também estamos trabalhando com ensino remoto, então, é necessário garantir todas as condições para um retorno seguro. Por isso, também fazemos o cálculo do número de alunos por metro quadrado”.

A coordenadora afirmou que tem buscado ouvir as direções escolares e atentar à realidade de cada escola. “Orientamos que as direções conversem com a comunidade e o conselho escolar para que juntos possamos garantir um retorno seguro”, finalizou.



“Posso garantir que em todos os contatos que tenho feito com as escolas, reforço muito a  importância em repeitar os protocolos sanitários para evitar o máximo de contato”, explicou Elson Selch, do departamento pedagógico da 2ª CRE.

Encaminhamentos

A 2ª CRE encaminhará a solicitação enviada por ofício aos departamentos competentes. O CPERS continuará a fiscalizar de perto a realidade das escolas estaduais e, se houver qualquer irregularidade, levará denúncias até a Coordenadoria, que fará o diálogo com as equipes diretivas para garantir a segurança e o respeito aos protocolos sanitários nas escolas.

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