Base aliada do governo na ALRS ignora emenda pela Revisão Geral e aprova orçamento de 2025 sem recomposição salarial


Na tarde desta terça-feira (12), 35 deputadas(os) estaduais aprovaram a Lei Orçamentária Anual 2025 (PL 287/24) encaminhada por Eduardo Leite (PSDB) à Assembleia Legislativa (ALRS), sem ao menos votarem a emenda protocolada pela Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP/RS), que reivindicava 10,14% de recomposição salarial para todas(os) as(os) trabalhadoras(es) do estado. Apenas 13 parlamentares votaram contra o orçamento proposto pelo governador. 

Mais do que ignorar a exigência de servidoras e servidores por remunerações mais dignas, Leite (PSDB) ainda vai retirar recursos das escolas gaúchas no próximo ano. “É importante dizermos para a sociedade gaúcha que o governador Leite cortou R$ 3 milhões de investimento para o ano que vem na educação pública. Mas vejam bem, para as PPPs, ele está disponibilizando R$ 4,8 bilhões. O governo Leite continua tentando destruir a escola pública, mas nós não vamos aceitar. Resistiremos!”, alerta a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Não faltou luta da categoria, faltou responsabilidade social de Eduardo Leite

O Sindicato, junto à FSP/RS, pressionou pela Revisão Geral dos Salários em diversas oportunidades, como em atos unificados, em encontro com o líder do governo na ALRS, deputado Frederico Antunes (PP), e em Audiência Pública da Comissão de Finanças Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia. Mesmo assim, servidoras(es) foram desconsideradas(os) e seguirão, por desprezo de Leite e de sua base aliada, em crescente endividamento e com seu poder de compra cada vez mais desgastado. 

Apesar da baixa expectativa de que a alteração no PL 287/24 demandada pelo funcionalismo público entrasse em pauta, o CPERS marcou presença na Sessão Plenária reforçando a urgência de compensar as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, sobretudo para funcionárias(os) de escola e educadoras(es) aposentadas(os). 

De acordo com dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que embasaram os argumentos da emenda, o reajuste seria viável, pois o Estado teve aumento na arrecadação do ICMS e sua dívida com a União foi suspensa por conta das enchentes de maio até 2027. Ano após ano, Leite (PSDB) superestima o déficit do Rio Grande do Sul, mas na hora de fechar as contas, o saldo é sempre positivo. Ou seja, não falta dinheiro, falta vontade política!

Agora, o CPERS segue na pressão pelo aumento do Piso Regional e pela valorização das(os) servidoras(es) de escola que ficaram de fora do reenquadramento das carreiras. Acompanhe nossas redes para ficar por dentro das próximas mobilizações! 

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