Na manhã desta quarta-feira (4) a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, reuniu-se com os vereadores Cassiá Carpes (PP) e Engº Comassetto (PT) para solicitar aprovação da moção de apoio aos educadores(as) e contra o pacote de Eduardo Leite. Até o momento Câmaras Municipais de mais de 300 cidades gaúchas já debateram e aprovaram o documento.
O encontro ocorreu na sala 301, no 3º andar da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre. Também participaram da mesa representantes de diversas entidades.
No início do encontro, a presidente expôs as reais consequências que os projetos trarão para a categoria, como o fim do plano de carreira, reajuste zero por tempo indeterminado, fim dos triênios, quinquênios, avanços e da incorporação das gratificações para a aposentadoria, aumento do tempo de contribuição para a aposentadoria e taxação dos aposentados que recebem um centavo a cima do salário mínimo.
“Esse projeto é um verdadeiro desestímulo para quem está e para quem quer entrar na carreira de magistério. Nossos alunos não querem mais ser professores pela desvalorização da categoria, e a situação só vai piorar com este pacote”, destacou.
“Não é possível que nós tenhamos que pagar a conta, pois esse projeto é isso, retirar dos educadores ou daqueles que menos têm e poupa aqueles que têm mais”, concluiu.
“Vejo na trajetória do CPERS que sempre buscam o diálogo. E nós estamos acompanhando e torcendo pelos educadores”, falou o deputado Cassiá Carpes.
O deputado Comassetto relatou que também está acompanhando a luta da categoria. “Eu imagino o que estão passando os educadores que já recebem tão pouco e estão sendo ameaçados com a retirada de mais direitos.”
“Um país bom e forte, só com uma educação pública de qualidade. A educação privada tem que ser uma opção é não uma falta de opção. Somos solidários, apoiamos e estamos do lado da educação pública. O que podermos fazer para que esse pacote não seja aprovado, nós vamos fazer. Contem conosco”, observou a diretora de Educação, Formação e Cultura do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) , Margot Johanna Capela Andras.
“Um governo responsável já deveria ter criado uma comissão de crise, já que os educação pública gaúcha está em greve. A greve já está na terceira semana e nada foi feito. Mostra total desinteresse. É impossível negociar uma proposta onde ele não oferece um real a mais para os professores. Negociar o que? É muito sério o que está acontecendo no nosso Estado. Esse projeto é um ataque frontal à educação pública gaúcha”, destacou Lúcio Vieira presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Adufrgs).
Logo após, os presentes desceram até o Plenário Otávio Rocha, onde conversaram com a presidente da Câmara, Monica Leal, que garantiu que nesta quinta-feira (5) apresentará à mesa diretora da casa a moção para que os demais vereadores assinem. Até o momento a moção contém a assinatura de 13 vereadores.
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