CPERS apoia a história de lutas do Nuances e a 25ª Parada Livre de Porto Alegre


O 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, o diretor do Departamento de Gênero e Diversidade, Leonardo Preto Echevarria, e a coordenadora estadual do Rio Grande do Sul do Mães pela Diversidade, Renata dos Anjos, reuniram-se, na quinta-feira (12), com o fundador do Nuances, Célio Golin, que é referência no movimento LGBTQIA+ no RS e no Brasil.

Em pauta, os 31 anos de lutas da iniciativa, uma das pioneiras na defesa da diversidade sexual no país, e as mobilizações para a 25ª edição da Parada Livre de Porto Alegre, que ocorrerá no dia 5 de junho, na Redenção, e é organizada por um conjunto de identidades e coletivos, incluindo o Nuances e o Mães pela Diversidade.

“A celebração dos 31 anos do Nuances representa uma luta histórica em defesa de direitos, reconhecimento, respeito e liberdade. Num momento em que as vidas humanas são medidas pelas réguas da falsa moral, da hipocrisia, do preconceito, da intolerância e da violência, o Nuances e as causas dos direitos humanos e da população LGBTQIA+ são imprescindíveis”, asseverou o 1º vice-presidente Alex Saratt.

Após dois anos de hiato, a 25ª edição da Parada Livre marca o retorno às ruas para lutar contra o ódio em tempos de uma gestão de Estado genocida, protagonizada sobretudo pelo governo Bolsonaro.

Nesta drástica conjuntura, vidas LGBTQIA+, principalmente, de pessoas trans, negras, indígenas, idosas, com deficiência e de mulheres, foram ainda mais atingidas. Para o diretor do Departamento de Gênero e Diversidade, Leonardo Preto Echevarria, o momento é de união contra o autoritarismo. 

“A parada livre representa o amor, a diversidade em sua plenitude! A parada está à frente da luta LGBTQIA + contra o conservadorismo e o fascismo que estamos vivendo no Brasil e no mundo. Estamos juntos na luta”, destacou o diretor Leonardo.

Vale lembrar que o Nuances começou a ganhar visibilidade em 1997, com a primeira edição da Parada Livre, que reuniu 150 seguidores(as). No ano seguinte, já eram 2 mil participantes. 

A essa altura, as ideias do movimento já estavam articuladas em torno do Jornal do Nuances, que circulou ininterruptamente entre 1998 e 2009, com média de 12 a 16 páginas impressas em 10 mil exemplares.

“É uma ONG que já tem uma história de lutas e conquistas, dentro do movimento juntamente com outras Organizações. Temos um evento importante, que é a Parada Livre, na capital e em várias cidades do interior do estado. O Nuances faz parte desse processo de reconstrução histórica, que vem conseguindo responder e dar conta da demanda sempre muito grande e presente desta população”, explicou o fundador do grupo, Célio Golin.

Hoje, o Jornal Nuances está na sua 49º edição, que celebra a trajetória de três décadas da iniciativa e traz temas relevantes à luta LGBTQIA+.

>> Leia o Jornal Nuances aqui.

Para a coordenadora estadual do Rio Grande do Sul do Mães pela Diversidade, Renata dos Anjos, trata-se de um movimento histórico essencial para a resistência.

“A Parada Livre faz história em Porto Alegre desde 1997, que se organiza de forma autônoma e independente, com a participação de diversas entidades do movimento social, estudantil e cultural. É fundamental esse espaço de lutas para a população LGBTQIA+”, enfatizou.

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